Um dia após adiar o sonho do título inédito ao perder para a Itália na semifinal, o Brasil voltou à quadra neste domingo (7) e transformou a frustração em medalha. Em Bangcoc, na Tailândia, a Seleção Feminina derrotou o Japão por 3 sets a 2 (25/12, 25/17, 19/25, 27/29 e 18/16) e conquistou o terceiro lugar no Campeonato Mundial de Vôlei 2025.
A vitória apertada rendeu à equipe sua sexta medalha em 18 participações no torneio: quatro pratas (1994, 2006, 2010 e 2022) e agora dois bronzes (2014 e 2025).
Gabi e bloqueio são destaques
A capitã Gabi foi o grande nome da partida, marcando 35 pontos. Júlia Bergmann contribuiu com 13, e Rosamaria fez 11. Pelo Japão, Yoshino Sato anotou 34 pontos, seguida por Mayu Ishikawa, com 23, e Yukiko Wada, com 13.
Além disso, o bloqueio verde e amarelo voltou a ser o diferencial. Ao todo, foram 15 pontos nesse fundamento, mais que o dobro do Japão, que marcou seis. As japonesas, por outro lado, tiveram maior volume ofensivo, somando 75 pontos de ataque contra 68 do Brasil. A diferença apareceu nos erros, com o time asiático cedendo 26 pontos, enquanto a equipe de José Roberto Guimarães entregou apenas 13.

O jogo
Primeiro set
O Brasil iniciou a partida em ritmo intenso. Gabi e Júlia Bergmann apareceram bem no ataque, enquanto o bloqueio funcionava para travar as investidas japonesas. A diferença no placar cresceu rapidamente, e a Seleção fechou com tranquilidade em 25 a 12.
Segundo set
Na parcial seguinte, o Japão conseguiu equilibrar os primeiros pontos, mas a Seleção Brasileira manteve firmeza ofensiva. Rosamaria marcou em bolas decisivas e a defesa segurou bem a pressão. A vantagem se consolidou na reta final, e o placar foi 25 a 17 para o Brasil.
Terceiro set
As japonesas reagiram. Com ataques acelerados e aproveitando erros na recepção brasileira, abriram boa margem logo no início. O Brasil tentou reduzir a diferença, mas não teve regularidade para virar. O Japão controlou o ritmo e venceu por 25 a 19.
Quarto set
A Seleção Brasileira começou melhor, chegou a abrir vantagem de quatro pontos, mas viu as rivais crescerem na partida. O bloqueio japonês apareceu, e o equilíbrio tomou conta da parcial. Gabi chamou o jogo em momentos decisivos, mas as asiáticas foram mais eficazes no fim e fecharam em 29 a 27, levando a decisão para o tie-break.
Tie-break
No set decisivo, o equilíbrio permaneceu até o fim. O Brasil apostou em Gabi como referência no ataque, enquanto o Japão explorava a defesa brasileira com velocidade. O placar seguiu ponto a ponto até que Kudiess conseguiu um bloqueio determinante. Com isso, a Seleção fechou em 18 a 16 e garantiu o bronze.