Ndoye marca o gol do título no Estádio Olímpico, e equipe da Emília-Romanha encerra longo jejum com vitória histórica sobre os Rossoneri
Demorou meio século e mais um ano, mas o grito saiu! Cinquenta e um anos depois de sua última Coppa Italia e quase três décadas após seu último título oficial, o Bologna voltou a levantar uma taça e em grande estilo. No Estádio Olímpico de Roma, os Rossoblù bateram o Milan e conquistaram a terceira taça de sua história. Em uma final inédita entre os dois clubes, sob comando de Vincenzo Italiano e com um gol decisivo de Ndoye, a equipe da Emília-Romanha transformou jejum em festa.
Goleiros são os destaques
Nenhuma das equipes se mostraram tímida nos minutos iniciais. O Milan se mandou para o ataque com Rafael Leão. O português fez boa jogada individual e cruzou na medida da linha de fundo. No entanto, faltou um companheiro de equipe chegar com qualidade. Álex Jiménez até emendou na pequena área, mas mandou para fora. Os Rossoblù não se intimidaram e cresceram rapidamente, tentando sufocar o adversário. Maignan precisou fazer duas grandes intervenções para evitar o gol.
Os Rossoneri tentavam ameaçar nos contra-ataques, especialmente com os lançamentos. Jiménez chegou a cruzar para a área, e Beukema tentou desviar, mas acabou mandando com força contra o próprio gol. Por sorte, Skorupski rebateu no reflexo, em cima do lance. Jovic ainda tentou aproveitar o rebote, mas o goleiro salvou novamente. Um lance esporádico na etapa inicial. O Bologna era muito disciplinado na marcação, dificultando a transição dos comandados de Sérgio Conceição, que sofria em seu campo defensivo.
Bologna leva vantagem na eficiência
O Bologna manteve o seu domínio. Após tanta insistência, os Rossoblù encontraram o caminho do gol na volta do intervalo. Rafael Leão erra ao tentar driblar no ataque e acaba perdendo a posse. O time de Vincenzo Italiano aproveitou o momento. Em boa troca de passes evolventes, Orsolini acabou sendo desarmado na área, mas Ndoye se livrou de dois e bateu colocado. Para tentar reverter a situação, Sérgio Conceição fez uma mudança tripla no time: Álex Jiménez, Jovic e Tomori deram lugares para as entradas de Santi Giménez, João Félix e Walker.
Como era de se esperar, o Milan tentou partir para o ataque, mas não conseguia aproveitar os poucos momentos de perigo que criava. Como diz o provérbio: “o seguro morreu de velho”. Para se precaver, Vincenzo fechou a casinha, deixando o Bologna mais defensivo. Ainda assim, os Rossoblù continuavam a incomodar Maignan. O próprio Ndoye pegou uma sobra de longe, mas mandou à direita do gol.
Na reta final, o jogo virou ataque contra defesa, com os Rossoneri obrigados a manter mais posse de bola. O tempo era amigo de um e inimigo do outro. No fim, quem sorriu foi a equipe da Emília-Romanha.