PSG conquista a Copa Intercontinental ao vencer o Flamengo nos pênaltis

Após empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, decisão no Catar é definida por 2 a 1 nas penalidades

Foto: Divulgação/PSG

O jogo atravessou os 90 minutos, passou pela prorrogação e só se rendeu nos pênaltis. Nesta quarta-feira (17), no Estádio Ahmad bin Ali, no Catar, o PSG empatou por 1 a 1 com o Flamengo no tempo normal e no tempo extra e conquistou a Copa Intercontinental ao vencer por 2 a 1 nas penalidades, com Safonov decisivo ao defender quatro cobranças.

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PSG agradece erro de tempo

Como era de se imaginar, o PSG criou as primeiras oportunidades de perigo. Os comandados de Luis Enrique trocavam constantemente de posição, além de recorrerem a jogadas ensaiadas para tentar confundir a marcação rubro-negra. Contudo, foi em um lance quase grotesco que os parisienses abriram o marcador. Arrascaeta exagerou na força do recuo, Rossi saiu do gol na tentativa de evitar o escanteio, e Fabián Ruiz aproveitou a sobra, de fora da área, para mandar a bola para o gol vazio. Para a sorte de uns e o azar de outros, o VAR interveio e o gol foi anulado, já que a bola havia saído completamente pela linha de fundo na tentativa de Rossi.

O Flamengo até tentava se lançar ao ataque, trocando passes, mas quase sempre via dois ou até três atletas parisienses cercando a jogada. Aos poucos, o Rubro-Negro passou a ganhar mais divididas e foi se encaixando em campo. Com o tempo, porém, o PSG retomou o controle e passou a ditar o ritmo da partida da maneira que queria, mesmo com a equipe brasileira subindo, ainda que com cautela, as linhas de marcação, posicionadas no 4-3-3. Os parisienses armavam suas ações com três defensores e, com isso, acabavam deixando um espaço pelo lado direito, já que Zaïre-Emery se projetava um pouco mais à frente. Ainda assim, o Flamengo não soube aproveitar.

Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

Lee, que acabou sentindo, precisou deixar o campo para a entrada de Mayulu, aos 33 minutos. A pausa serviu quase como uma paralisação técnica para Filipe Luís orientar os jogadores flamenguistas para a sequência da primeira etapa. Mas a falta de cobertura na marcação voltou a custar caro. Mayulu mostrou estrela ao iniciar boa jogada com Doué, que cruzou rasteiro. Rossi ainda resvalou de leve com as pontas dos dedos, mas deixou a bola no jeito para Kvaratskhelia balançar as redes. O Flamengo tentou responder na bola parada. Arrascaeta cobrou escanteio, Pulgar apareceu livre na segunda trave, correu para dentro da área, mas cabeceou para fora.

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Jorginho coloca Flamengo no jogo

Não mudou muita coisa na volta do intervalo. O PSG seguia envolvendo o Flamengo em suas jogadas posicionais. Filipe Luís esperou um pouco para fazer a primeira mudança e colocou Pedro no lugar de Carrascal. A ideia era prender mais a bola no ataque e, assim, fazer o time ameaçar mais o adversário. Bruno Henrique acabou caindo pelo lado esquerdo, ocupando o espaço que os parisienses deixavam. E tudo isso deu certo.

Bruno Henrique atacou as costas de Zaïre-Emery e encontrou Arrascaeta na área. O uruguaio tentou o drible e sofreu a falta de Marquinhos, que acertou sua canela. O árbitro foi ao vídeo e marcou o pênalti. Jorginho cobrou com categoria, com o tradicional pulinho, deslocou Safonov e deixou tudo igual.

Foto:Adriano Fontes/Flamengo

O jogo ficou mais animado. O Flamengo passou a forçar o erro do PSG. Os comandados de Luis Enrique aumentaram a pressão e, por pouco, não voltaram a ficar à frente do marcador, mas Léo Ortiz salvou. Para dar mais agressividade à equipe, os parisienses colocaram em campo o melhor do mundo. Dembélé, vencedor do prêmio The Best da Fifa e também da Bola de Ouro.

No lá e cá da partida, as duas equipes tiveram chances de marcar. Ainda assim, a melhor oportunidade na reta final foi do Rubro-Negro. Pedro tentou primeiro e, na sequência, foi a vez de Plata que, de frente para o gol, mandou para fora. Já nos acréscimos, Marquinhos apareceu sozinho na pequena área, mas acabou furando e desperdiçou a chance de evitar a prorrogação.

Prorrogação e pênaltis com brilho russo

Diferentemente do tempo regulamentar, foi o Flamengo quem tomou a iniciativa e chegou a empurrar o PSG. Tanto que Zaïre-Emery ficou mais preso, ajudando na saída de bola. O time de Luis Enrique sentiu o golpe desde o empate, mas, ainda assim, tinha qualidade para chegar ao ataque, especialmente com João Neves, que aparecia em diferentes setores do campo.

Mesmo com as substituições, a segunda etapa da prorrogação foi equilibrada. Ndjantou e Luiz Araújo tiveram chances para cada lado, mas ambos finalizaram para fora. As defesas passaram a se sobressair e as faltas começaram a aparecer. Dembélé tentou resolver no individual em duas oportunidades e, em ambas, também mandou para fora. A marcação rubro-negra foi valente e conseguiu segurar o empate até a disputa de pênaltis.

Nas cobranças de pênalti, o russo Safonov foi o grande nome da decisão. O goleiro defendeu quatro cobranças e ainda protagonizou um lance polêmico, quando o VAR analisou um possível adiantamento na defesa do chute de Pedro, mas a arbitragem validou a intervenção. Com isso, o PSG conquistou nos pênaltis o primeiro título mundial de sua história.