Em uma final dramática no Defensores del Chaco, o Atlético-MG viu escapar a chance de conquistar seu primeiro título da Copa Sul-Americana e garantir vaga na Libertadores de 2026. Neste sábado (22), após empate sem gols no tempo normal e na prorrogação, o Galo sucumbiu nos pênaltis, perdendo por 5 a 4, com Losada defendendo a última cobrança de Vitor Hugo e garantindo o segundo troféu do Lanús, que volta a conquistar o torneio após 12 anos.
Ritmo semelhante e chances alternadas
Em busca do seu primeiro título na competição, o Galo tomou a iniciativa, controlando mais a posse de bola. Aos poucos, porém, a equipe argentina foi equilibrando as forças, se encaixando em campo e empurrando o Atlético-MG para o seu campo de defesa. Carrera aproveitou espaço na entrada da área e resolveu arriscar, mas o chute saiu fraco e facilitou a vida de Everson.
O Alvinegro respondeu com perigo pouco depois, quando Alan Franco tirou tinta do travessão. Aos 20 minutos, em boa trama pelo lado esquerdo, Dudu recebeu um longo lançamento e colocou na área. Arana apareceu bem, carimbou a marcação e arrematou na sobra.
Contudo, Losada fez um milagre ao salvar com um dos braços, evitando o gol, embora o assistente já tivesse assinalado impedimento na origem da jogada. O Atlético-MG aumentou a pressão e, se o goleiro havia evitado o gol antes, desta vez foi a trave quem impediu a festa, depois de a bola beijar o poste em bela cobrança de falta de Bernard. Na reta final, Carrera voltou a ameaçar a meta alvinegra, mas a finalização passou muito perto do poste.
Atlético pressiona, Lanús resiste
A volta do intervalo teve um roteiro parecido com o da etapa anterior. Ambos os times buscavam o ataque e, quando um ameaçava, o outro se recuava. Mesmo assim, o Galo conseguiu ser mais efetivo. Dudu tabelou com Arana e bateu colocado, obrigando Losada a espalmar pela linha de fundo. O Atlético aproveitava melhor as construções pelos lados do campo e tinha paciência para rodar a bola devido à marcação dos Granates. Hulk ainda tentou surpreender em cobrança de falta, mas mandou para fora.
O equilíbrio era tanto que Mauricio Pellegrino e Jorge Sampaoli custaram a mexer no time. A primeira substituição ocorreu aos 77′, quando Bernard deu lugar a Gustavo Scarpa, na tentativa de melhorar a criação ofensiva alvinegra. Quatro minutos depois, foi a vez do Lanús, que optou pela entrada de Dylan Aquino, jovem atacante que substituiu Carrera, apagado durante todo o segundo tempo. Aos 89′, Castillo conseguiu fazer uma boa jogada individual, deixando a marcação para trás, mas faltou capricho na finalização, faltando força e a redonda saiu para fora, sendo o último lance de ataque no tempo regulamentar.
Prorrogação e pênaltis
O Lanús começou com mais posse de bola, mas ainda tinha dificuldade para criar uma boa oportunidade. O Atlético-MG buscava incomodar a saída de bola do adversário, apostando na velocidade, e quase teve sucesso com Hulk. Ele fez um bom giro pelo meio para se livrar da marcação, disparou em velocidade, mas acabou perdendo a posse quando chegou perto da área. Aos 98′, foi a vez de Caio Paulista e Biel, a dupla de gás novo, trabalharem pelo lado esquerdo. O lateral teve a chance do arremate e balançou a rede pelo lado de fora. Dois minutos depois, Scarpa fez ótimo lançamento e Biel desviou de cabeça em cima de Losada.
Se no primeiro tempo da prorrogação os Granates ficaram recuados, a postura mudou na segunda etapa, com a equipe aparecendo bem mais no ataque, trocando bons passes, mas ainda pecando nas finalizações ao chegar perto da área alvinegra. Diferentemente do Atlético-MG. Na reta final, Biel recebeu um bom cruzamento de Hulk e voltou a finalizar em cima do goleiro.
O equilíbrio chegou a pairar nas penalidades máximas. O Lanús até teve a chance com Lautaro Acosta, que desperdiçou. As cobranças seguiram para as alternadas, com Everson mantendo o Galo vivo. No fim, porém, Losada brilhou ao defender o chute de Vitor Hugo, garantindo o segundo título dos Granates.
