Brasil bate na trave da virada e fica no empate com a Tunísia

Estêvão brilha de novo, Mastouri surpreende e muralha tunisiana segura pressão até o fim

Brasil bate na trave da virada e fica no empate com a Tunísia
Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Depois de três anos, o Brasil voltou a encontrar a Tunísia pela terceira vez na história. Diferente das outras ocasiões, quando a equipe africana sofreu goleadas por 5 a 1 e 4 a 1 em 1973, nesta terça-feira (18), saiu um empate por 1 a 1 no Decathlon Stadium, em Lille, na França. O gol brasileiro veio dos pés de Estêvão, artilheiro da Era Carlo Ancelotti, que chegou a cinco gols em sete jogos.

Do outro lado, as Águias de Cartago sofreram o primeiro gol após uma sequência de quatro partidas invictas. A campanha nas eliminatórias havia sido sólida, com nove vitórias em dez jogos e nenhuma bola na rede. O gol tunisiano foi marcado por Mastouri.

Brasil sofre no contra-ataque e empata com Estêvão

A Seleção Brasileira encontrou um bom teste diante dos tunisianos. Os comandados de Sami Trabelsi se defendiam bem e ainda conseguiam escapar, mesmo com dificuldade, sobretudo nas arrancadas de Abdi, que dava trabalho ao lateral Wesley. Mas foi no drible que o Brasil achou a primeira grande chance. Rodrygo recebeu, chamou Meriah para dançar e bateu de canhota. A zaga, bem posicionada, conseguiu bloquear.

Mesmo com mais posse, faltava capricho ao time brasileiro, que seguia com dificuldade para furar a linha defensiva formada por cinco jogadores e, às vezes, até seis. Não à toa, a Tunísia não sofreu nenhum gol nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Em meio à pressão, Wesley errou no campo de ataque e Saad aproveitou para roubar e puxar um belo contra-ataque. A bola chegou em Abdi, que colocou na medida para Mastouri tocar na saída de Bento.

A adversidade fez o Brasil apertar as Águias de Cartago. Na reta final, após revisão do VAR, o árbitro marcou pênalti depois de Bronn colocar a mão na bola. Artilheiro na Era Ancelotti, Estêvão cobrou com categoria, forte, no ângulo, indefensável para o goleiro Dahmen.

Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Pressão sem precisão e quase virada no fim

A Seleção Brasileira voltou como terminou a etapa anterior, pressionando o adversário. Estêvão, principalmente, junto de Rodrygo e Vini Jr, tentava furar a defesa. Mas o dilema persistia. Como abrir caminho na muralha tunisiana? E no meio disso surgiu quase outra surpresa, dessa vez negativa para o lado da amarelinha. Saad aproveitou um novo erro no ataque e disparou até finalizar com perigo, rente à trave de Bento.

Para tentar mudar a dinâmica, Carlo Ancelotti colocou Fabinho, Lucas Paquetá e Fabrício Bruno nos lugares de Casemiro, Bruno Guimarães e Militão, que acabou sentindo. Com o passar do tempo, o jogo perdeu intensidade e também qualidade técnica. E a bola parada voltou a fazer diferença para a amarelinha. Aos 31 minutos, Vini Jr pressionou na linha de fundo. A bola pingou na área, Vitor Roque disputou com a marcação e sofreu a falta de Sassi dentro da área, pênalti. Paquetá foi para a cobrança, deu uma paradinha e acabou isolando.

Mas a virada quase veio no último lance, justamente com Estêvão. O atacante recebeu de Fabinho, invadiu a área e bateu cruzado. A redonda teimou em entrar e beliscou a trave antes de escapar pela linha de fundo.

Seleção Brasileira em 2025

  • Brasil 2×1 Colômbia
  • Argentina 4×1 Brasil
  • Equador 0x0 Brasil (começo da Era Ancelotti)
  • Brasil 3×0 Chile
  • Brasil 1×0 Paraguai
  • Bolívia 1×0 Brasil
  • Coreia do Sul 0x5 Brasil
  • Japão 2×1 Brasil
  • Brasil 2×0 Senegal
  • Brasil 1×1 Tunísia

O que vem por aí

Os próximos compromissos da Seleção Brasileira serão em 2026, na Data Fifa de março. Os adversários serão França e Croácia, nos Estados Unidos, no último teste de Carlo Ancelotti antes da lista final para a Copa do Mundo.