Nona conquista brasileira em dez edições reforça hegemonia continental e mantém tabu contra as rivais na decisão
Foi um daqueles jogos em que cada ataque parecia mudar o destino da taça. O Brasil oscilou entre falhas defensivas e momentos de genialidade, mas contou com a estrela da Rainha Marta e a segurança de Lorena nos pênaltis para vencer a Colômbia e garantir o nono título continental. Em Quito, empate em 4 a 4 no tempo normal e na prorrogação, com 4 a 3 nas penalidades, coroou mais um capítulo da hegemonia brasileira na Copa América Feminina.
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Nervos à flor da pele e marcação falha
A Colômbia entrou ligada e aproveitou a primeira grande brecha da defesa brasileira. Em contra-ataque rápido, Linda Caicedo abriu o placar. O Brasil demorou a se reorganizar, mas retomou o controle e empatou com Angelina, de pênalti, após consulta ao VAR. Ainda assim, o setor defensivo mostrou insegurança, permitindo espaços e obrigando Lorena a trabalhar. A tensão cresceu com divididas duras e provocações, deixando o intervalo em aberto.
Reviravoltas e Marta no comando da reação
O Brasil voltou pressionando, mas um recuo equivocado de Tarciane para Lorena resultou em gol contra e nova vantagem colombiana. A resposta veio com Amanda Gutierres, que empatou com chute cruzado. A defesa, porém, voltou a falhar, permitindo a Mayra Ramírez fazer 3 a 2 já no fim do tempo regulamentar. Quando tudo parecia perdido, Marta, aos 51 minutos, acertou um chute de fora da área que explodiu no ângulo e levou o jogo à prorrogação.
Prorrogação e Lorena salva no fim
O Brasil voltou melhor no tempo extra, controlando a posse e aproveitando o desgaste colombiano. Angelina cruzou na medida para Marta virar o jogo com toque sutil de pé direito. Mas a Colômbia não se entregou. Em falta sofrida por Caicedo, Leicy Santos bateu com precisão no ângulo e empatou outra vez.
Nos pênaltis, Tarciane abriu o placar, mas a Colômbia virou com Restrepo. Amanda Gutierres empatou, e Paví desperdiçou. Mariza recolocou o Brasil na frente, e Lorena defendeu a cobrança de Leicy Santos. Marta teve a chance de fechar, mas Tapia defendeu. Após alternadas, Luany marcou e Lorena defendeu o chute de Carabalí, selando o título brasileiro.
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Supremacia mantida
Com a conquista, o Brasil soma nove títulos em dez edições da Copa América Feminina, sendo cinco consecutivos. Apenas a Argentina, em 2006, interrompeu a sequência. A Colômbia, mesmo com nova derrota na final, se consolida como a maior rival brasileira no continente.