Após 28 anos sem sequer alcançar uma semifinal, La Roja faz história em Zurique e reencontra a Inglaterra, em reedição da final da última Copa do Mundo
Alemanha e Espanha. Duas seleções completamente diferentes protagonizaram um grande jogo nesta quarta-feira (23), cada uma com sua estratégia. Ambas as equipes criaram e pecaram quando chegavam ao ataque e, ao passarem pela defesa, encontravam um obstáculo: as goleiras.
A Espanha, que não alcançava uma semifinal de Eurocopa há 28 anos, teve pela frente uma das camisas mais pesadas do continente. No fim, a atual campeã mundial contou com a melhor jogadora do mundo, Aitana, para fazer 1 a 0 no Stadion Letzigrund, em Zurique, e levar La Roja à sua primeira final na história da competição.
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Dois empecilhos impedem Espanha de marcar
Assim que a árbitra brasileira Edina Alves deu o apito inicial, a Espanha, com seu velho estilo de jogo, com toques de bola, de pé em pé, esperava encontrar a melhor chance para atacar. Mas, do outro lado, estava a disciplinada Alemanha, que ajustava sua marcação conforme o tempo, às vezes aumentava um pouco a pressão, e outras vezes colocava mais de uma jogadora para cercar quem tinha a posse entre as adversárias. Cada uma com sua estratégia, e quem ameaçou primeiro foi a Nationalelf, com bolas esticadas.
La Roja conseguiu chegar com uma ajudinha alemã. Olga Carmona foi colocada para correr e cruzou. Minge errou ao tentar afastar, e a bola acabou sobrando para Esther González, que girou para bater firme. No entanto, Berger, que vem de grandes exibições, fez uma linda defesa com a mão trocada. Apesar de a Espanha aumentar a pressão, a Nationalelf tentava escapar em velocidade. Jule Brand fez boa jogada individual, ao levar o time para o ataque.
A meia acionou Däbritz, que deixou Hoffmann em boa posição, mas a camisa 18 acabou furando. Ela voltaria a ter outra oportunidade, mas mandou à esquerda do gol. Por sorte, desta vez, o impedimento salvou. Do outro lado, Esther tentava fazer sua parte. Em bom pivô dentro da área, ela acabou ficando cercada e teve o chute travado. No entanto, as espanholas quase inauguraram o marcador na sequência. Após escanteio de Pina, Paredes cabeceou na trave. A própria Esther tentou aproveitar e emendou por cima do gol. E, antes de ir para o intervalo, parou em Berger.

Goleiras se destacam
A Nationalelf começou mais animada, aparecendo no ataque, mas ainda pecando na finalização. Aos poucos, a Espanha foi ganhando terreno, voltando a pressionar as adversárias e buscando chegar pelos lados do campo. Tanto que Ona Batlle recebeu bom passe, mas a goleira saiu para abafar. Já Aitana parou em Kleinherne.
E as comandadas de Christian Wück eram valentes e tentavam contra-atacar. Klara Bühl, que, apesar de ajudar bastante na defesa, continuava aparecendo no ataque. Ela apostou na jogada individual ao invadir a área e bateu cruzado, mas Cata Coll salvou com a perna.
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Aos 85′, a Alemanha ganhou uma falta perigosa, perto da meia-lua. Bühl cobrou tirando da barreira, e a bola tirou tinta da trave esquerda. A Espanha se mandou para o ataque, buscando jogadas com Paralluelo, mas a defesa alemã se sobressaía. A Alemanha até tentou evitar a prorrogação com Wamser e Bühl, mas ambas pararam em Cata Coll.

Espanha conta com a melhor do mundo
Assim como no início do segundo tempo, a Alemanha tentou surpreender no início com um bom contra-ataque, mas Wamser acabou isolando. Já Espanha mantinha sua estratégia, trocando passes e comas jogadoras tentando trocar de posição, visando confundir a defesa germânica. Paralluelo e Athenea eram banstante acionadas pelas beiradas.
A Nationalelf seguia valente, se doando, principalmente na defesa. Com o tempo, ambas as equipes passaram a errar muito. Mas aí veio o segundo tempo da prorrogação e do outro lado tinha a melhor jogadora do mundo. Aos 113′, Athenea deu bom passe para Aitana, ela enganou Knaak com corpo, foi até o limite do campo e chutou cruzado, não dando chances para Berger.

Reedição da última Copa
Após fazer história ao eliminar a octacampeã Alemanha, a Espanha vai medir forças com a Inglaterra — repetindo a final da última Copa do Mundo, onde La Roja levou a melhor. A bola rola neste domingo (27), às 13h (de Brasília), no St. Jakob-Park, em Basileia.