Classificação veio só na prorrogação, após empate nos acréscimos e jogo paralisado
O Chelsea cercou, dominou e venceu, mas só depois de um enredo cheio de reviravoltas. No Bank of America Stadium, em Charlotte, neste sábado (28), os Blues começaram intensos, abriram o placar, viram o Benfica empatar nos acréscimos e só conseguiram carimbar a vaga na prorrogação, com um 4 a 1 que fez valer a superioridade técnica e numérica.
A partida foi paralisada faltando cinco minutos para o fim, devido às condições climáticas, e ficou interrompida por 1h45m. Agora, os Blues voltam a encarar o Palmeiras nas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes.
Ataque contra defesa
Desde o apito inicial, o Chelsea não deixou os Encarnados respirarem. Pedro Neto resolveu testar Trubin antes mesmo do cronômetro marcar um minuto, mas o goleiro interviu. O ímpeto foi crescendo a cada volta do ponteiro, e o Benfica tinha dificuldade para responder à altura, sem contar os espaços deixados pelo lado direito, ainda mais porque Di María pouco ajudava na recomposição defensiva. Foi por ali que Cucurella aproveitou uma sobra, limpou a jogada e bateu colocado, buscando o ângulo. Quando tudo parecia perdido, o jovem zagueiro António Silva fez uma ótima leitura e bloqueou no tempo certo, evitando o que seria um golaço.
Logo em seguida, Palmer encheu o pé e Trubin apareceu para trabalhar. Após levar alguns sustos, Bruno Lage arrumou um pouco o Benfica, formando uma linha de cinco defensores para bloquear as investidas do adversário. Além disso, corrigiu a marcação do lado direito. O Chelsea foi obrigado a trocar passes, com calma e rodar bem a bola. Os Blues voltaram incomodar apenas na reta final. Cucurella recebeu bom passe e finalizou em cima do goleiro.
Bola parada decisiva para Chelsea e Benfica
Pouco coisa mudou para Chelsea e Benfica no segundo tempo, tendo o mesmo roteiro: ataque contra defesa. No entanto, a equipe portuguesa até conseguia ficar um pouco com a bola, mas seguia com dificuldades para criar algo produtivo quando chegava ao outro lado do campo.
Se estava difícil chegar com jogadas trabalhadas, a bola parada apareceu como solução para os Blues abrirem o placar. Reece James cobrou falta da quina da área direto para o gol. A bola ainda quicou levemente antes de Trubin falhar no lance e reagir tarde demais. Quando pulou, ela já tinha morrido no canto direito.
Os Encarnados tiveram a melhor chance aos 78 minutos. Aursnes deixou o marcador para trás e enfiou para Prestianni, que ficou cara a cara com Sánchez, mas bateu muito mal, mandando à direita do gol. Contudo, a equipe de Londres respondeu com Delap. O atacante até chegou a marcar, mas foi flagrado em impedimento. Após o céu fechar no Bank of America Stadium, o jogo acabou sendo paralisado faltando cinco minutos ao fim, por condições climáticas, devido o protocolo estabelecido nos EUA.
Na retomada, o árbitro deu mais seis minutos de acréscimos, e o jogo mudou. O Benfica conseguiu um pênalti aos 46 minutos do segundo tempo. Após cobrança de falta, Otamendi cabeceou, e a bola bateu na mão de Gusto. Di María cobrou devagar e deslocou o goleiro Sánchez.
Prorrogação animada
O Benfica foi do céu ao inferno em questão de minutos. Prestianni levou o segundo amarelo e acabou sendo expulso. Com isso, o Chelsea voltou a controlar o jogo, tendo mais volume ofensivo. Porém, foi os Encarnados que criaram a primeira oportunidade na prorrogação. Em contra-ataque rápido, Belotti acelerou com Arturkoglu, que chutou firme. Sánchez não teve problemas para encaixar.
Mesmo com um a menos, as Águias estavam atentas. Fechavam o meio, obrigavam o rival a fazer lançamentos e apostavam nos contragolpes. Aos 103′, Palmer recebeu no meio da área e finalizou no meio do gol. Trubin espalmou em dois tempos. Na sequência, Di María arrancou em velocidade, teve a opção do passe, mas preferiu cortar para dentro e bater rasteiro, facilitando a defesa do goleiro.
Porém, o Chelsea conseguiu fazer valer sua superioridade numérica no segundo tempo. Caicedo fez o desarme, a bola chegou a Palmer, que carregou pelo meio. O camisa 10 soube esperar o momento certo para acionar Caicedo, que finalizou sobre a risca da pequena área. Trubin se enrolou todo, falhou ao tentar defender, e a bola ia passando entre suas pernas. Otamendi ainda tentou salvar, mas Nkunku aproveitou para balançar as redes.
Não demorou para os Blues matarem o jogo, graças aos espaços deixados pelas Encarnadas. Di María acabou perdendo a bola no meio-campo. Pedro Neto pediu para receber no corredor e foi acionado por Caicedo. Ele carregou até invadir a área e tocou na saída do goleiro. Nos minutos finais, Sánchez ficou com a bola e saiu rápido. Nkunku tocou para Palmer, que acionou Dewsbury-Hall para marcar o quarto da equipe londrina.
Chelsea reencontrará Palmeiras
Com a vaga carimbada, o Chelsea enfrentará o Palmeiras na próxima sexta-feira (4), no Lincoln Financial Field, na Filadélfia, às 22h (de Brasília). Os times se encontraram em 2022, no Intercontinental, quando os Blues venceram por 2 a 1 e conquistaram o título.
Sabrina Hewellyn