Com jovens famintos e velhos fantasmas, Chivu transforma a Inter em laboratório de coragem no Mundial
A Inter de Milão venceu o Urawa Red Diamonds por 2 a 1, no Mundial de Clubes da FIFA, mas a maior notícia da tarde em Seattle não foi o placar. Foi o renascimento do elenco. Cristian Chivu, técnico novato no profissional, bancou uma juventude cheia de fome e saiu de campo como quem planta esperança no meio do furacão.
Na entrevista pós-jogo, ele não economizou palavras. Fez questão de elogiar os novatos e jogou os holofotes para quem, até pouco tempo, vivia no anonimato. Entre eles, Luis Henrique, ex-Botafogo, foi titular pela primeira vez.
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A estrela de quem quase parou
O gol da vitória veio dos pés de Valentín Carboni, garoto que ficou oito meses longe dos gramados por uma lesão pesada. Para muitos, seria o fim. Para ele, foi um novo começo. Chivu fez questão de lembrar isso com um tom emocionado. Disse que o viu feliz.
Ao lado de Carboni, o técnico também citou Pio Esposito e Sučić. Moleques. Mas moleques com personalidade. Aqueles que erram, mas não se escondem. Que jogam sem medo, mesmo num Mundial.
Chivu busca renovação
A mudança no banco veio após a saída de Simone Inzaghi, que se encantou com os cifrões do Al-Hilal. A diretoria da Inter, que já tinha passado por uma temporada bem amarga, resolveu apostar na base e em quem conhece o terreno. Chivu, ex-jogador do clube e treinador da base, virou comandante do time principal.
A comparação com Inzaghi ainda é inevitável. O estilo de jogo é parecido, mas o romeno traz algo que o italiano talvez não tivesse mais: sede por construção.
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O Mundial como laboratório para Chivu
Com um empate e uma vitória até aqui, a Inter ainda não encanta. Mas também não decepciona. Está encontrando o rumo. E o Mundial, que já foi palco para medalhões consagrados, virou laboratório de reinvenção para os italianos. Um time que aposta em juventude, sem perder o DNA competitivo.