Com um a menos desde o começo, Timbu joga como gente grande, resiste, assusta e cria moral com o torcedor
Tem partida que vale ponto. Tem jogo que vale moral. Foi isso que rolou no empate entre Náutico e ABC, no Frasqueirão. O Náutico jogou com 10 desde os dois minutos. Não deu nem tempo de sentar no sofá e abrir a cerveja. Expulsaram o volante Auremir por um lance duvidoso. E mesmo assim, o time não desmontou.
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O discurso que faltava para o Náutico
Depois do apito final, o auxiliar técnico Guilherme dos Anjos foi pra entrevista com a cabeça erguida e a língua afiada. Ele protegeu os seus, deu moral pro grupo e ainda cutucou a arbitragem com classe.
Disse que o time foi “muito consistente”. E foi mesmo. Disse que a expulsão foi exagerada. E foi mesmo. Disse que o Náutico teve as chances mais claras de gol. E, pasme, também foi mesmo. Mesmo com um a menos, o Timbu chegou mais perto de marcar que o ABC.
O cartão vermelho que manchou o espetáculo
Vamos falar da tal expulsão. Porque não dá pra passar pano. O árbitro decidiu ser protagonista com dois minutos de jogo. Uma falta longe do gol, um lance que dava tranquilamente pra resolver com um amarelinho básico, e pronto.
E aí, o jogo mudou de roteiro. Mas não terminou como o script previsível mandaria. Em vez de sofrer, o Náutico cresceu. O time se fechou, virou muralha e ainda encontrou espaço pra dar susto no adversário.
O novo DNA do Náutico
Tá aí uma questão que precisa ser discutida com carinho. Esse Náutico de 2025 ainda tá em formação. Oscila, claro. Mas tem apresentado uma coisa rara: senso coletivo. A galera corre por quem tá do lado. Não tem estrela que brilha sozinha. Contra o ABC, ficou escancarado. O time correu o dobro, marcou com sangue nos olhos e ainda achou momentos pra jogar.
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Quem vigia os vigilantes?
Não é a primeira vez, e nem vai ser a última, que a arbitragem brasileira estraga um jogo. Falta critério, falta bom senso, falta humildade. Tem árbitro que parece que quer se mostrar mais do que jogador. Que quer ser estrela. E isso é tóxico pro espetáculo.
O futebol já anda cheio de problemas: falta de investimento, estádios vazios, jogos sem emoção. Quando o juiz entra em campo querendo aparecer mais que a bola… complica.