Com atuação dominante e brilho dos jovens, PSG vence por 5 a 0 e levanta sua primeira “Orelhuda” sob o comando de Luis Enrique
Allez Paris! O Paris Saint-Germain, enfim, colocou fim à sua obsessão. Neste sábado (31), os Parisienses conquistaram o tão sonhado título inédito da Champions League ao vencerem a Internazionale por 5 a 0, na Allianz Arena, em Munique, na maior vitória de todas as finais da competição.
Aliás, a cidade manteve sua escrita: consagrar clubes que buscavam sua primeira conquista europeia. Em cinco finais disputadas na capital da Baviera, cinco títulos inéditos, começando com Nottingham Forest (1978/79), Olympique de Marseille (1992/93), Borussia Dortmund (1996/97), Chelsea (2011/12) e agora o PSG, em 2024/25.
E tudo isso foi alcançado sem as grandes contratações de outrora, como Neymar, Messi ou Mbappé. Esta conquista foi construída por um time coletivo, jovem, moldado sob o comando de Luis Enrique. O treinador voltou a uma final de Champions pela primeira vez desde o título com o Barcelona, em 2014/15. O PSG levantou a taça logo em sua segunda final, após o vice contra o Bayern de Munique, em 2019/20. Do outro lado, a tricampeã Internazionale amarga mais um vice em sua sétima decisão.
PSG domina uma Inter apática
O Paris Saint-Germain encurralou a Internazionale logo nos minutos iniciais. João Neves e Vitinha ditavam o ritmo do meio-campo Rouge-et-Bleu. A equipe comandada por Luis Enrique marcava alto, recuperando a posse de bola com frequência e rondando a área dos italianos, obrigando Sommer a afastar o perigo com chutões. Ou até arriscava com chutes fracos, facilitando a vida do goleiro.
Depois de tanta insistência, os Parisienses foram recompensados. Em uma jogada bem trabalhada, Kvaratskhelia deu um bom passe para Doué, que sem nenhuma marcação, teve tempo para dominar e apenas rolar para Hakimi bater de chapa para o fundo do gol. O PSG manteve a pressão. Tentava lançar Dembélé ou procurava Kvaratskhelia.

Os Nerazzurri não conseguiam se impor, muito menos sair em contra-ataque ou acionar Dumfries em bolas longas. Quando finalmente chegaram ao campo de ataque, não ofereceram perigo. E, dessa vez, a cobra levou o bote. Pacho evitou a saída da bola de forma incrível e encontrou Kvaratskhelia, que lançou Dembélé em velocidade. O camisa 10 fez uma ótima inversão para Doué na direita. O atacante chutou cruzado, sem chances para Sommer. Contudo, a Inter tentou crescer na reta final do primeiro tempo. Acerbi deu um susto após cobrança de escanteio, enquanto Thuram por pouco não recebeu dentro da área. Pacho, um dos destaques do sistema defensivo do PSG, vinha sendo soberano nas interceptações até então. Mesmo assim, os Parisienses quase marcaram o terceiro com Dembélé, que não conseguiu escorar da segunda trave.
PSG coloca a mão na taça
O PSG precisou de 40 segundo para demonstrar que não iria tirar o pé. Após boa roubada de bola, Fabián Ruiz acelerou com Kvaratskhelia. O georgiano carregou até entrar na área e mandou por cima do gol. O camisa 7 teria outra boa oportunidade aos 49, mas também isolou. Os Nerazzurri tentaram responder através de lançamentos. Donnarumma apareceu para intervir.

Para tentar desafogar, os Rouge-et-Bleu apostavam nos contragolpes. Doué armou a jogada com um belíssimo toque de letra. Hakimi aproveitou para cruzar, mas ninguém apareceu na área. No entanto, não demorou para a estrela do jovem de 19 anos voltar a brilhar. Dembélé deu um passe de calcanhar para Vitinha, que enfiou na medida para Doué colocar no canto de Sommer.
Se já estava complicadíssimo para a Inter, a situação ficou ainda pior quando a equipe precisou se lançar ao ataque, abrindo espaços. Assim, o PSG colocou uma mão na tão sonhada “Orelhuda”. Kvaratskhelia recebeu nas costas da marcação, ficou cara a cara com o goleiro e decretou a goleada por 4 a 0.
A contagem não aumentou, pois Barcola perdeu cara a cara com o gol e mandou para fora. Com a Internazionale entregue, o PSG fechou a conta do massacre com Mayulu. O volante, formado na base parisiense, saiu do banco para aproveitar uma boa troca de passes, tabelar com Barcola e estufar as redes na sequência.