PSG busca o primeiro título europeu com time coletivo de Luis Enrique; Inter tenta a quarta taça em sua sétima final de Champions
O Paris Saint-Germain está a um jogo de conquistar pela primeira vez a Champions League. A final contra a Internazionale, neste sábado (31), na Allianz Arena, em Munique, representa não só o auge de uma temporada quase perfeita, mas também a chance de colocar fim a um ciclo de frustrações que já dura décadas. Desta vez, o time chega diferente: sem Messi, Neymar ou Mbappé, mas com um elenco mais equilibrado, sob o comando firme de Luis Enrique. Contudo, a obsessão antiga pelo troféu europeu segue sendo o grande objetivo dos parisienses.
A Inter, por sua vez, joga sua sétima final de Champions. Campeã em 1963/94, 1964,65 e 2009/10, a equipe italiana busca o tetracampeonato e carrega o peso da tradição. A última vez que a Inter esteve numa final foi em 2023, quando perdeu para o Manchester City. Em 2025, volta mais organizada, com um time coeso e técnico que conhece bem o grupo. Simone Inzaghi manteve a base e trouxe consistência a uma equipe que sabe jogar decisões.
PSG amadureceu sem as estrelas
O PSG já teve os maiores nomes do futebol recente. Neymar, Messi e Mbappé vestiram a camisa do clube nas últimas temporadas. Todos chegaram com o mesmo objetivo: ganhar a Champions. Nenhum conseguiu. Ironicamente, o clube chega à sua segunda final sem nenhuma estrela e com uma proposta mais eficaz.
Luis Enrique assumiu o time e apostou em organização e adaptação. O PSG atual não brilha pelos nomes. Ganha no coletivo. A postura do treinador é um dos pontos altos do time. Ele conseguiu equilibrar juventude e experiência, ataque e defesa. Não há dependência de um único jogador. A virada veio com uma goleada histórica sobre o Brest, por 10 a 0, ainda na fase de liga. A partir dali, a equipe entrou nos trilhos.
O PSG chega à final como uma equipe que sabe o que faz. E talvez essa seja a chave para mudar a história. Na fase eliminatória, o time passou por Liverpool, Aston Villa e Arsenal. Contra o Liverpool, avançou nos pênaltis. Contra os ingleses, venceu com autoridade.
Foram 33 gols marcados na competição, novo recorde do clube em torneios europeus, e 10 vitórias em 14 jogos. É a melhor campanha da história dos Parisienses na Champions.
O peso da camisa da Inter
A Internazionale chega embalada. Os Nerazzurri perderam só uma vez em toda a competição e marcou 26 gols. Mostrou maturidade ao eliminar o Feyenoord, o Bayern e, principalmente, o Barcelona. Contra os alemães, venceu por um placar agregado apertado (4 a 3). Contra os espanhóis, protagonizou uma semifinal eletrizante que terminou em 7 a 6 no total.
Ao contrário do PSG, a Inter apostou na continuidade. O técnico Simone Inzaghi perdeu a final de 2023, mas soube tirar lições. Os Nerazzurri já sabem o caminho. É um clube acostumado com a Champions, com títulos em décadas diferentes.
Os números da campanha mostram um time confiável. Foram pelo menos dois gols marcados em cada partida do mata-mata. Se repetir isso na final, entra para uma lista seleta ao lado de Real Madrid e Milan, que também conseguiram esse feito. A defesa é sólida, o meio-campo tem ritmo e o ataque tem precisão. A Inter não precisa se impor. Ela espera o erro do adversário e ataca no momento certo.
Robson Nogueira 
Orb Sports