Eles reinam nas traves. A tarde desta segunda-feira (22) foi mágica para Hannah Hampton, do Chelsea, e Gianluigi Donnarumma, pela temporada no PSG, que foram os vencedores do Troféu Yashin de melhores goleiros da Bola de Ouro 2025, em cerimônia realizada no Théâtre du Châtelet, em Paris.
A muralha Lionesses
De um lado, Hannah Hampton, de apenas 24 anos, coroou 2025 com a conquista após uma temporada simplesmente brilhante. A inglesa foi peça-chave tanto em seu clube quanto na seleção, consolidando-se como uma das principais referências da posição no futebol mundial.
Durante o ano, destacou-se pela consistência impressionante, reflexos rápidos e capacidade de decisão em jogos grandes. Sua segurança debaixo das traves foi decisiva em fases eliminatórias de torneios continentais, onde protagonizou defesas memoráveis que garantiram classificações e vitórias históricas. Além disso, mostrou evolução notável no jogo com os pés, participando ativamente da construção ofensiva e reforçando o papel moderno da goleira como primeira armadora.

Na seleção inglesa, Hampton foi muralha em partidas decisivas, ajudando a equipe a manter solidez defensiva, incluindo duas defesas cruciais na disputa de pênaltis contra a Espanha.
Pelo Chelsea, suas atuações impecáveis em finais e clássicos contra Arsenal e Manchester City, a colocaram definitivamente no topo da lista de goleiras mais respeitadas do mundo, o prêmio simboliza não apenas uma temporada de excelência, mas também a consolidação da inglesa como ícone da nova geração de goleiras, unindo técnica, frieza e liderança em momentos necessários.
De desacreditado à melhor goleiro
Poucos nomes no futebol passaram por tantas reviravoltas nos últimos anos quanto Gianluigi Donnarumma. Depois de viver altos e baixos no Paris Saint-Germain e ser duramente criticado por falhas em momentos decisivos, o italiano foi até rotulado por muitos como um goleiro em declínio. Porém, o “desacreditado” deu a volta por cima de forma espetacular: conquistou o prêmio de Melhor Goleiro da Bola de Ouro e quebrou a sequência de Dibu Martínez, que havia conquistado o troféu nas últimas temporadas.
Donnarumma conquistou a Champions League pelo Paris Saint-Germain e conquistou todos os títulos nacionais possíveis pelo clube na última temporada. Ele foi vice na Copa do Mundo de Clubes.

Na virada da temporada, o italiano entrou em confronto com o técnico Luis Enrique, deixou a equipe francesa e foi negociado com o Manchester City por 35 milhões de euros, cerca de R$ 221 milhões.
No lado azul de Manchester, chegou cercado de dúvidas. Guardiola, no entanto, apostou em seu potencial e vem trabalhando para adaptar o italiano ao estilo ofensivo da equipe. Surpreendendo os críticos, Donnarumma rapidamente se tornou peça fundamental, unindo sua envergadura e reflexos a uma evolução notável no jogo com os pés — requisito indispensável para o sistema do Manchester City.