A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou nesta quarta-feira (1°), o calendário do futebol masculino profissional para 2026 e o planejamento até 2029. A proposta busca reduzir a sobrecarga dos clubes da Série A e ampliar as oportunidades para equipes de outras divisões e regiões do país.
O presidente da entidade, Samir Xaud, abriu o evento ressaltando que o calendário era prioridade de sua gestão: “Em 2026 ainda será um ano de transição, mas toda caminhada precisa de um primeiro passo. Este primeiro passo será dado hoje”, disse.
Copa do Brasil
O torneio passa de 92 para 126 clubes já em 2026, com os times da Série A entrando apenas na quinta fase. O número de vagas destinadas às federações estaduais sobe para 102. Outra mudança será a final em jogo único, marcada para 6 de dezembro. Em 2027, a competição terá 128 participantes, incluindo os campeões da Copa Norte, Copa Centro-Oeste e Copa Sul-Sudeste.
Estaduais mais curtos
Os campeonatos estaduais passam de 16 para 11 datas, mas seguem entre 11 de janeiro e 8 de março. A mudança reduz o desgaste físico dos atletas e abre espaço no calendário para novos torneios.
Novas competições regionais
O calendário também traz a retomada da Copa Norte e a criação da Copa Centro-Oeste e da Copa Sul-Sudeste. Já a Copa Verde será remodelada, com 24 clubes, fases de grupos e até 70 jogos. As copas regionais terão períodos exclusivos, sem sobreposição com os estaduais, e garantirão vagas na Copa do Brasil.
Séries nacionais
As Séries A e B seguem com o mesmo formato, mas terão início antecipado e pausa durante a Copa do Mundo. A Série C será ampliada de 20 clubes para 28 até 2028, com novo formato de grupos. Já a Série D passará de 64 para 96 equipes em 2026, garantindo calendário nacional mais amplo e maior inclusão de clubes.
Segundo a CBF, as mudanças vão reduzir em até 15% o número de jogos das equipes da Série A e aumentar em 26% a quantidade de clubes com calendário nacional. Também haverá um salto de 82 novas vagas em competições, além de investimento ampliado para R$ 1,3 bilhão.
“Democratizar o futebol brasileiro e equilibrar o calendário são os principais objetivos”, resumiu Julio Avellar, diretor de Competições da CBF.