Foto: Divulgação/Uefa
Gunners poderão perder até por dois gols de diferença, enquanto os Blancos precisarão fazer quatro para sonhar com a classificação de forma direita
Existem muitas ressalvas sobre se 3 a 0 é considerado goleada. Para alguns, sim; para outros, não. Entretanto, aplicar esse resultado diante do Real Madrid, o bicho-papão da Champions League, pode, sim, se enquadrar nesse quesito. O Arsenal marcou dois golaços com Declan Rice, ambos em cobranças de falta, e Merino fechou a conta em um Emirates Stadium pulsante, atuando junto com o time. Foi um jogo histórico para os Gunners, que encaminharam a classificação para o tão sonhado título inédito da principal competição do Velho Continente.
Goleiros salvam no lá e cá
O Arsenal começou forte, pressionando Real Madrid a cada lance e se recuperava rápido. Além disso, os Gunners tinham algo a mais: o fator casa. A torcida presente no Emirates Stadium, que estava junto com os jogadores, cantando alto ou até vaiando quando os adversários tinham a posse de bola. Os comandados por Mikel Arteta incomodaram bastante Courtois, que sempre pediu calma aos companheiros.

Como os londrinos tinham mais a posse, os Blancos estavam na espreita, esperando o momento certo para contra-atacar. Foi assim que conseguiram assustar a meta de Raya. Mbappé deixou para Vini Jr. finalizar. No entanto, saiu para fora. Depois, a dupla inverteu a situação, com o brasileiro aproveitando erro de passe para deixar o camisa 9 na cara do gol, que também desperdiçou a oportunidade.
Aliás, a melhor chance da etapa inicial foi com Mbappé. O Arsenal foi deixando mais espaços e, óbvio, que os madridistas aproveitaram. Bellingham deu belo passe para o francês, que tentou buscar o canto, mas chutou em cima de Raya. Os Gunners voltaram a marcar mais presença ofensiva na reta final, que poderia ter balançado as redes se não fosse Courtois, que brilhou nas defesas de Declan Rice e Gabriel Martinelli.
Arsenal empilha golaços
A partida se manteve aberta na volta do intervalo. Após tanto pressionar na etapa anterior, o Arsenal foi recompensado na bola parada. Declan Rice cobrou falta com maestria, a bola fez aquela curva do lado da barreira e morreu dentro do gol. Courtois, com todo sua estatura, não conseguiu nem chegar no lance. A torciada que havia ficado mais calada, voltou a incendiar como outrora. O Real Madrid sentiu após o lance, tendo dificuldade para reagir.

Courtois voltou a ser o principal nome do gigante espanhol, evitando o que poderia ter sido o segundo e até terceiro gol dos Gunners. O time de Arteta poderia ter criado até mais do que isso, ampliando bem a vantagem. No entanto, os londrinos mostram a sua força na bola parada em novo golaço. Rice, novamente, cobrou nova falta com curva venenosa. Mas desta vez, colocou no ângulo da baliza merengue. Com a incessante pressão, o Arsenal queria liquidar o máximo que queria em casa. Assim se sucedeu. Rice construiu toda a jogada, passando para Trossard, que encontrou Lewis-Skelly. Ele cruzou e Merino colocou no canto. O golpe foi fatal para o Real Madrid. Carlo Ancelotti até fez mudanças que pouco surtiram efeito.
Como fica?
O Arsenal construiu uma grande vantagem contra o Real Madrid. Agora, os Gunners poderão perder por até dois gols de diferença e, ainda assim, avançarão de forma direta às semifinais da Champions League. Por sua vez, os Blancos terão que fazer quatro gols. Caso marquem três, a disputa será levada para a prorrogação e os pênaltis.
Volta na próxima semana
O jogo de volta das quartas de final da Champions League será na próxima quarta-feira (16), às 16h (de Brasília), no Santiago Bernabéu.