junho 18, 2025

CSA mostra que camisa não ganha jogo na Copa do Brasil

Foto: Lucas Uebel/Grêmio

Time da Série C segura o empate e deixa o gigante de cinco títulos pelo caminho

Tem coisas que só a Copa do Brasil explica. E olha… nem sempre explica direito. Um time da Série C foi até a Arena do Grêmio, segurou um empatezinho com gosto de vitória e despachou um dos maiores campeões da competição. O CSA fez história. O Grêmio, fez fiasco. E nem adianta chorar a arbitragem ou o gol anulado no fim.

Siga a Orb Sports no X (antigo Twitter) clicando aqui

O peso da camisa não quer dizer muita coisa na Copa do Brasil

Antigamente, quando um time grande recebia um pequeno em casa, a dúvida era só sobre o número de gols. Hoje, com o futebol mais nivelado (por baixo, muitas vezes), o peso da camisa virou só isso mesmo: peso. Não é mais garantia de nada.

O Grêmio achou que resolveria no embalo, na pressão da Arena, no talento individual. Mas o CSA foi lá, plantou suas estacas, fechou a casinha e mostrou que futebol se joga com o que se tem e às vezes, com o que falta também. Faltou técnica? Talvez. 

A volta dolorosa de Mano Menezes

Mano voltou ao comando tricolor carregando mais do que a prancheta: voltou com um luto pesado demais. A tragédia familiar que o afastou do último jogo ainda ecoava nos olhos e nas atitudes. Dava pra sentir que ali existia um homem ferido, antes mesmo do treinador pressionado.

Só que, dentro de campo, o roteiro foi cruel. O Grêmio até tentou, teve bola na trave, chute perigoso, pressão nos minutos finais. Mas esbarrou num time azulino que jogou como se não houvesse amanhã e talvez, pra eles, não houvesse mesmo.

E quando Aravena marcou no fim, com a torcida pulando como se fosse título, veio o balde de água fria: gol anulado. E Arezo, no calor da indignação, perdeu a cabeça e foi expulso.

A estratégia do CSA

O CSA não fez um grande jogo. Mas fez o jogo que precisava. E isso, numa Copa do Brasil, vale mais que qualquer espetáculo. O time alagoano, que hoje joga a Série C e briga lá na meiuca da tabela, foi estratégico. Cozinhou o jogo. Parou quando dava. Correu quando precisava. E soube sofrer sem perder o foco.

Gabriel Félix, o goleiro, foi seguro. A defesa, sólida. E no ataque, mesmo com poucas chances, ainda assustaram. Fizeram o básico com disciplina. E, principalmente, acreditaram que dava pra fazer história e fizeram.

O preço da soberba gremista

Cair na Copa do Brasil é normal. Acontece. Mas cair pra um time da Série C, em casa, sem conseguir fazer um gol sequer, é doloroso. E mais que isso: é vergonhoso.

O Grêmio está entre os maiores campeões da Copa do Brasil. Tem camisa, tem história, tem torcida, tem elenco caro. Mas se comportou como um time sem ideias, sem confiança, sem fome de bola. A eliminação não foi um acaso. Foi consequência de um futebol apático, previsível e frouxo. E o torcedor tricolor já tá cansado de desculpas.

Siga a Orb Sports no Instagram clicando aqui

O futuro do CSA e Grêmio

Agora os caminhos se separam. O CSA vai às oitavas e espera o sorteio. Não tem data, mas a torcida já tá de olho. Vai jogar como franco-atirador, é verdade. Mas quem tira o Grêmio fora de casa pode complicar qualquer um.

Já o Grêmio… bem, o Grêmio tem que olhar para o espelho. Tá na zona de rebaixamento do Brasileirão. Joga domingo contra o Bahia, num jogo que vale mais que três pontos.

By Arthur Fernandes

Arthur trabalhou no Boca Raton FC quando a equipe da Flórida disputava a APSL e a NPSL. No Brasil, atuou no Torcedores e no Esportes News Mundo. Também trabalhou nas versões brasileira, americana e mexicana da VAVEL e, recentemente, trabalhou nos sites americanos da Fansided.

Matérias relacionadas