junho 18, 2025

Time paraense dispara contra juiz amapaense após empate com o Atlético-GO e coloca pressão nos bastidores da Série B

O Clube do Remo foi até o estádio Antônio Accioly encarar o Atlético-GO pela oitava rodada da Série B. Jogo duro, pegado, com clima de decisão. No placar, empate em 1 a 1. Mas no pós-jogo… pancadaria verbal. O Leão não engoliu o apito e soltou uma nota oficial detonando a arbitragem.

Segundo o clube paraense, o juiz Thaillan Azevedo Gomes, do Amapá, protagonizou um “espetáculo lamentável de erros”. O estopim? Um gol anulado de Régis, que colocaria o Remo em vantagem e muito provavelmente selaria a vitória fora de casa. A decisão foi tomada após uma longa análise do VAR, que viu uma suposta falta no início da jogada.

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O lance que acendeu a revolta do Remo

O lance aconteceu num contra-ataque venenoso. Felipe Vizeu deu aquele passe açucarado pra Régis, que mandou pras redes. A galera do Remo comemorou, já sonhando com mais três pontos na tabela. Mas, segundos depois, veio o banho de água fria.

O árbitro foi chamado ao VAR e, após uma revisão demorada, apontou falta de Daniel Cabral lá no começo da jogada. Resultado? Gol anulado e uma indignação que ainda ecoa no Pará. 

O recado do Remo não ficou só no campo

Horas depois, o Clube do Remo publicou uma nota dura, direta e cheia de munição. No texto, classificou a atuação da equipe de arbitragem como “lamentável” e disse que as decisões em campo “ultrapassaram os limites da razoabilidade e da justiça esportiva”.

E não ficou só no desabafo. O clube avisou que vai formalizar uma solicitação à CBF pedindo providências. Na prática, quer que o árbitro seja avaliado e, quem sabe, afastado por tempo indeterminado.

O contexto da Série B e o peso desse empate

Apesar da polêmica, o Remo manteve a invencibilidade. O empate fora de casa deixou o time com 16 pontos, na terceira colocação. Nada mal, né? Mas o problema é que, num campeonato tão disputado como a Série B, cada ponto conta e cada erro de arbitragem pesa como um piano nas costas.

O Leão queria os três pontos. Sentia que merecia. E, mais importante, acreditava que tinha conquistado dentro das quatro linhas. A frustração não é só pelo que aconteceu em Goiânia, mas também pelo medo de isso virar rotina.

O papel da arbitragem

Erro de arbitragem faz parte do jogo. Sempre fez. Mas, no futebol moderno, com VAR, tecnologia, replay de todos os ângulos e câmeras até no vestiário, a margem de erro precisava diminuir. O problema é que, muitas vezes, parece que ela só mudou de endereço.

Antes, a bronca era por não ver. Agora, é por ver demais. Rever demais. Interpretar demais. E aí mora o perigo. Porque a tecnologia não elimina a subjetividade. Ela só dá uma desculpa nova pra polêmicas antigas.

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CBF sob pressão

O Remo, como outros clubes antes dele, decidiu comprar briga. Subiu o tom, cobrou publicamente, pediu providências. E agora a batata quente tá nas mãos da CBF. Vai ter resposta? Vai ter punição? Ou vai ficar tudo no mesmo script de sempre? “Vamos analisar”, “vamos conversar”, “segue o jogo”? A pressão tá feita. A torcida comprou a ideia. E a diretoria deixou claro que não vai calar.

By Arthur Fernandes

Arthur trabalhou no Boca Raton FC quando a equipe da Flórida disputava a APSL e a NPSL. No Brasil, atuou no Torcedores e no Esportes News Mundo. Também trabalhou nas versões brasileira, americana e mexicana da VAVEL e, recentemente, trabalhou nos sites americanos da Fansided.

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