Flávia Saraiva brilha na trave e se classifica para a final no Mundial de Ginástica

Brasileira alcançou 13.833 pontos em Jacarta e vai disputar o pódio no sábado

Foto: Divulgação/CBG

Flávia Saraiva mostrou mais uma vez por que a trave é seu território. Nesta terça-feira (21), a ginasta carioca garantiu a segunda melhor nota da classificatória no Mundial de Ginástica Artística, disputado em Jacarta, na Indonésia. Com 13.833 pontos, Flavinha ficou atrás apenas da chinesa Qingying Zhang, líder com 14.366.

A brasileira foi a única entre as finalistas a ultrapassar a nota 8 em execução, cravou 8.333, confirmando o domínio técnico que a acompanha há anos. Zhang levou vantagem na dificuldade, com 6.5, contra 5.5 da brasileira. A decisão da trave será neste sábado (25), a partir das 4h (de Brasília).

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Foto: Divulgação/FIG

Confiança e estratégia na execução

Com duas medalhas no último Mundial, em Antuérpia (bronze no solo e prata por equipes), Flávia apostou em uma série segura, priorizando a precisão. O plano deu certo. Ao se apresentar já sabendo as notas das principais concorrentes, a ginasta reduziu o grau de dificuldade, focou na estabilidade e terminou sua série com perfeição.

O resultado colocou Flávia à frente da romena Sabrina Voinea, que teve a mesma pontuação, mas ficou atrás no critério de desempate por execução. A chinesa Zhang Qingying, atual vice-campeã olímpica e mundial, confirmou o favoritismo, mas a brasileira mostrou que continua entre as melhores do mundo.

O coordenador técnico da seleção feminina, Francisco Neto, destacou o peso do resultado para a equipe.

“Ficamos muito felizes com a final da trave da Flávia, um aparelho de que ela gosta muito. Esse resultado demonstra que ela está retornando bem às competições e recuperando ritmo. É um passo importante dentro do processo de retomada das nossas atletas mais experientes ao cenário internacional”, afirmou.

O caminho até a decisão

O Brasil competiu na oitava de dez subdivisões, o que permitiu a Flavinha ajustar a estratégia com base nas notas já divulgadas. A escolha foi certeira. Com equilíbrio e confiança, ela assegurou a vaga para a final, mantendo viva a tradição brasileira na trave, aparelho que a consagrou também em Jogos Olímpicos.

Na decisão de sábado, Flávia pode elevar o nível de dificuldade da série para 5.9, algo que já apresentou nesta temporada.

Além de Flávia, representaram o Brasil em Jacarta Júlia Soares, Júlia Coutinho e Sophia Weisberg, que não avançaram às finais.