Ariane virou um furacão em quadra, torcida enlouqueceu e agora o bicho vai pegar no jogo decisivo
Se no primeiro confronto parecia que o Fluminense tinha deixado a alma no vestiário, no segundo jogo da série contra o Sesi Bauru, elas entraram com sangue nos olhos. O Tricolor passou o carro: 3 sets a 0, parciais de 26/24, 25/20 e 25/21. Um verdadeiro atropelo.
Siga a Orb Sports no X (antigo Twitter) clicando aqui
Um show chamado Ariane
Sabe aquele tipo de jogadora que não treme, não se esconde, e ainda resolve? Então, o nome dela é Ariane. A oposta meteu nada menos que 26 pontos. Um furacão com camisa 10. Chegou a 499 pontos na Superliga e segue como a maior pontuadora da competição.
Não bastasse isso, ainda levou pra casa o troféu Viva Vôlei de melhor da partida. Merecido demais. Ela foi a líder, o motor, a faísca que acendeu o foguete tricolor. Em resumo: o jogo teve uma dona, e não foi o Bauru.
O campeonato dentro do campeonato
Playoff é uma guerra à parte. Esquece favoritismo, esquece campanha passada. É hora de mostrar quem tem mais garra, mais preparo e, claro, mais coração. O Fluminense entendeu isso no segundo jogo. No primeiro, não. E pagou o preço.
Só que agora empatou a série. Tá tudo aberto. O terceiro confronto vai ser no dia 10 de abril, de novo no Hebraica. Porque sim, o Flu teve uma campanha melhor na fase de classificação. E isso conta.
Aliás, que campanha foi essa? A melhor da história do clube na Superliga, com 43 pontos e uma sólida quarta colocação geral. O técnico Guilherme Schmitz, esse sim, tá fazendo um trabalho de tirar o chapéu.
A força de um time com identidade
O que a gente viu em quadra não foi só talento. Foi entrega. Foi defesa rasgando joelho, foi bloqueio subindo como se a rede fosse uma muralha, foi ataque sem medo de ser feliz. E isso vem de um time que sabe quem é.
O Fluminense, quando joga com confiança, tem cara. Tem estilo. E tem, principalmente, aquela conexão com a arquibancada que nenhum adversário consegue copiar. A torcida faz parte da engrenagem. Grita, vibra, empurra.
O Bauru não é bobo, mas vai ter que se reinventar contra o Fluminense
Se o Sesi Bauru quiser beliscar essa vaga, vai ter que mudar muito. Porque se repetir a atuação apática desse segundo jogo, pode esquecer. O Fluminense já mostrou que não vai perdoar. Não vai dar mole.
O time paulista é bom, tem técnica, tem elenco, mas parece que perdeu a concentração no meio do caminho. E concentração em mata-mata, vale ouro.
A verdade que ninguém quer dizer
Tem muita gente que ainda torce o nariz pro vôlei feminino. Fala que “não tem emoção”, que “ninguém acompanha”. Sinceramente? Besteira. Quem viu esse jogo no Hebraica sabe que teve tudo: emoção, técnica, suor, e até um quê de novela dramática.
O problema é que muita gente só liga a TV quando é final de Superliga ou quando a seleção tá na Olimpíada. Tá perdendo show atrás de show.
O vôlei feminino é um dos esportes mais táticos e intensos que existem. E o que essas meninas fazem em quadra é digno de aplauso.
Siga a Orb Sports no Instagram clicando aqui
O jogo do dia 10 vai ser épico para o Fluminense
O terceiro jogo da série vai ser um daqueles jogos para lembrar. O tipo de confronto que separa quem quer fazer história de quem só quer aparecer. E o Fluminense parece querer muito mais do que só aparecer.
Fotos: Mailson Santana/FFC