City vence com sobras, estreia reforços badalados, crava recorde no Mundial e ainda dá palco para jovens brasileiros brilharem
O Manchester City estreou no Mundial de Clubes sem sustos, sem drama, sem deixar dúvida. A vítima da vez foi o Wydad Casablanca, do Marrocos, que segurou a bronca até onde deu. Placar final: 2 a 0 pros ingleses, num jogo em que o resultado foi decidido antes mesmo da torcida terminar de sentar na cadeira.
Phil Foden, o moleque que parece ter nascido pra jogar com Guardiola, precisou de só 1 minuto e 52 segundos para abrir o placar. Mal o jogo começou, o relógio mal piscou, e o City já tava na frente gol mais rápido da história do Mundial até aqui.
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Gol relâmpago
O que veio depois do gol de Foden foi, com o perdão da comparação, quase um treino de luxo. Bola no pé, posse absoluta e um adversário que corria atrás da sombra dos ingleses como quem persegue um fantasma.
Aos 42 do primeiro tempo, Jérémy Doku, que já tinha sido destaque na Premier League em outras ocasiões, mostrou porque é uma das apostas mais ousadas de Pep. Ele foi lá e guardou o segundo, selando o destino do jogo ainda antes do intervalo.
O segundo tempo? Serviu mais pra rodar o elenco, testar variações e deixar o relógio andar.
Reijnders e Cherki mostram serviço
Mas o jogo não foi só vitória fácil e gol histórico. Também foi a estreia de dois reforços badalados: o holandês Tijjani Reijnders, ex-Milan, e o francês Rayan Cherki, ex-Lyon.
Os dois começaram como titulares e deixaram uma boa impressão. Cherki, com sua habilidade irritante (pro adversário, claro) e visão de jogo afiada, mostrou que pode ser aquele coringa entre o meio e o ataque. Já Reijnders foi aquele volante moderno que Guardiola adora: posicionamento, passe curto, inteligência tática. Um relógio holandês no meio-campo.
Pep Guardiola não costuma colocar estreante de cara no time, ainda mais num torneio de tiro curto como o Mundial. Então dá pra ler nas entrelinhas que ele tá apostando forte nesses dois nomes.
Vitor Reis e Savinho ganham moral
Falando em aposta, Guardiola também confiou em dois jovens brasileiros pra esse jogo. Vitor Reis e Savinho foram titulares e mostraram personalidade. Não é todo dia que dois moleques brasileiros aparecem no time principal do City em um torneio mundial.
Savinho, com seu estilo elétrico, teve bons momentos pela ponta, tentando quebrar a defesa marroquina na base do drible e da velocidade. Já Vitor Reis foi discreto, mas firme.
Pro futebol brasileiro, é um bom sinal ver essa geração ganhando espaço num dos maiores times do planeta. Pro City, é mais um indicativo de que o elenco é profundo e cheio de alternativas.
Duelo contra o Al Ain e possível final antecipada?
Com a vitória, o City assumiu temporariamente a liderança do Grupo G com 3 pontos. Mas calma: Al Ain e Juventus ainda se enfrentam, e qualquer um dos dois pode empatar a pontuação dos ingleses. A diferença pode vir no saldo de gols.
O próximo jogo dos Citizens será no domingo (22), contra o Al Ain, às 22h (de Brasília), no Mercedes-Benz Stadium. Dependendo do que rolar nesse confronto, podemos estar caminhando para uma final antecipada ou, quem sabe, uma semifinal nervosa com cara de decisão.
Do outro lado, o Wydad tenta se reorganizar para não voltar para casa mais cedo do que gostaria. O time enfrenta a Juventus também no domingo, às 13h, e vai ter que jogar bem mais do que mostrou na estreia.
Guardiola e o apetite insaciável
O Manchester City já ganhou tudo. Premier League, FA Cup, Champions, Supercopa… Mas Guardiola, do alto do seu perfeccionismo quase obsessivo, ainda vê o Mundial como uma cereja que falta nesse bolo gourmet.
E ele deixou claro com esse jogo: vai com força máxima. Não tem espaço para arrogância, mas também não tem espaço para misericórdia. Ele quer esse título para fechar o ciclo com chave de ouro.
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City entra em modo rolo compressor?
Claro que é cedo para cravar qualquer coisa. Ainda tem muito jogo pela frente, e todo mundo sabe que futebol é imprevisível. Mas também não dá pra ignorar o que vimos.
O City entrou em campo como se já estivesse pronto para levantar a taça. Nem parecia estreia. O jogo contra o Al Ain vai ser o verdadeiro termômetro. Se atropelar de novo, aí segura.