Acuña brilha com duas assistências e um pênalti cometido em estreia movimentada
O River Plate estreou no Mundial de Clubes da FIFA 2025 com vitória sobre o Urawa Reds, do Japão, por 3 a 1. O placar até soa tranquilo, mas o jogo teve muito mais nuances do que um simples “cumpriu a obrigação”. Entre lampejos de brilho e apagões na retaguarda, os argentinos mostraram força, talento e… certa dose de descuido.
Quem esperava uma atuação protocolar do favorito, viu um time que começou elétrico, oscilou no meio e precisou recorrer à bola parada pra confirmar os três pontos. E tudo isso com um personagem principal: Acuña, o lateral que foi herói e vilão no mesmo jogo.
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Favoritismo do River Plate confirmado
O River entrou em campo com status de favorito disparado. Afinal, é um dos gigantes sul-americanos, recheado de nomes talentosos e com camisa pesada. Do outro lado, um Urawa Reds bem mais modesto, tentando mostrar serviço no cenário internacional.
E logo de cara, os argentinos mostraram a que vieram. Aos 11 minutos, Colidio recebeu um cruzamento milimétrico de Acuña e abriu o placar. Tudo parecia caminhar para uma goleada. Mas não foi bem assim.
O River passou a cadenciar demais o jogo, criou pouco depois do gol e, por pouco, não levou o empate. Os japoneses chegaram a balançar a rede, mas o VAR anulou o lance por impedimento. Armani ainda salvou no fim do primeiro tempo com uma bela defesa.
Segundo tempo quente e com erros
Na volta do intervalo, o técnico do River mexeu no time e o ritmo aumentou. Driussi, esperto como um gato faminto, aproveitou uma falha grotesca da zaga japonesa e fez o segundo, logo aos 2 minutos. A partida parecia resolvida.
Mas aí veio o pênalti. Acuña, que já tinha dado duas assistências, derrubou Kaneko dentro da área. O árbitro não pensou duas vezes: penalidade marcada. Matsuo bateu com categoria, rasteiro, cruzado, e descontou para os japoneses.
Foi aí que o jogo ganhou contornos mais dramáticos. O Urawa sentiu que dava pra incomodar, subiu a marcação, tentou pressionar. O River, por sua vez, ficou nervoso, errou passes bobos e perdeu intensidade. Mas a bola parada entrou em cena pra resolver a parada.
Aos 27, Acuña cobrou escanteio na medida, e Meza apareceu como um foguete pra testar firme e fazer o terceiro gol. Fim de papo.
Acuña foi do céu ao inferno
Acuña foi o protagonista com roteiro de cinema. O lateral-esquerdo teve participação direta nos três gols do River: duas assistências e o pênalti cometido. Foi o motor do ataque e, ao mesmo tempo, o elo mais fraco da defesa por alguns minutos.
Fique de olho no Mastantuono
Outro nome que merece destaque é Franco Mastantuono, meia de 17 anos que já está vendido ao Real Madrid. O garoto foi titular e, embora não tenha brilhado tanto nesse jogo, deixou clara sua qualidade com a bola no pé. Inteligente, rápido no raciocínio e bom de passe.
E o Urawa?
Do lado japonês, o Urawa Reds foi aquilo que se esperava: disciplinado, valente, bem treinado, mas com pouca força ofensiva. Teve um bom momento entre o segundo e o terceiro gol do River, mas ficou só na vontade. Matheus Sávio, ex-Flamengo, era a esperança de criatividade, mas teve atuação apagada. Faltou alguém pra organizar o jogo e fazer a bola chegar com qualidade no ataque.
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O que essa estreia diz sobre o River?
O River venceu, somou três pontos, começou o Mundial do jeito que queria. Mas não dá pra ignorar os sustos. Em jogos maiores esse tipo de desligamento pode custar caro.
A defesa ainda precisa de ajustes. A marcação alta funciona, mas a recomposição é lenta. O meio-campo tem talento, mas ainda perde intensidade no segundo tempo. E o ataque, apesar da criatividade, depende muito das jogadas pelas pontas.
Com Inter de Milão e Monterrey na mesma chave, o caminho não será tranquilo. O próximo jogo será mais cascudo e vai exigir mais do time argentino.