O time cruzmaltino tinha a vitória na mão, mas não soube segurar o resultado
O Vasco da Gama voltou às competições internacionais após cinco anos. A expectativa era alta, a esperança de uma estreia triunfante também. E por boa parte do jogo contra o Melgar, no Peru, parecia que tudo sairia conforme o planejado. Mas o futebol não perdoa vacilos, e o time carioca deixou escapar uma vitória que já estava no bolso.
De um cómodo 3 a 1 para um amargo 3 a 3, o Vasco não apenas perdeu dois pontos, mas ganhou um alerta: desatenção e falta de intensidade podem custar caro na Sul-Americana.
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Um jogo que parecia controlado pelo Vasco
Até os 75 minutos de jogo, o Vasco parecia ter tudo sob controle. Philippe Coutinho fez jus às expectativas e mostrou que pode ser o protagonista deste time. Fez um golaço e deu uma assistência genial para Vegetti, que, por sua vez, manteve a fase artilheira e anotou dois gols.
Vantagem no placar não significa nada se o time não souber administrar. A partir da reta final do segundo tempo, o Vasco recuou demais, deu espaço e viu o Melgar crescer. Foi uma espiral de erros que culminou no empate dos peruanos.
O Vasco cansou antes da hora?
A velha desculpa da altitude é sempre um argumento válido, mas não pode ser usada como único motivo para o tropeço. Arequipa está a 2.300 metros acima do mar, e sim, isso impacta fisicamente. Mas um time que quer ser protagonista na Sul-Americana precisa se preparar para esse tipo de adversidade.
O que vimos foi um Vasco que, em vez de ditar o ritmo, reduziu drasticamente sua intensidade e permitiu que o adversário pressionasse. Faltou fôlego? Sim. Mas faltou também estratégia. Recuar e esperar o tempo passar raramente dá certo no futebol sul-americano.
Philippe Coutinho brilhou, mas isso não bastou
Se tem uma boa notícia para a torcida vascaína, é que Philippe Coutinho começou sua temporada de 2025 no clube com uma atuação de alto nível. Ele fez um golaço ao melhor estilo “Coutinho raiz”, acertando um chute colocado da entrada da área, e ainda serviu Vegetti com uma assistência de trivela.
O camisa 11 mostrou que ainda tem mágica nos pés, mas também ficou claro que ele não pode carregar o time sozinho. Quando Coutinho cansou, o Vasco perdeu criatividade.
Se a equipe quer chegar longe, precisará que outros jogadores também assumam protagonismo. Vegetti fez a parte dele, mas o meio-campo carece de peças que consigam controlar o jogo nos momentos cruciais.
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O que esse empate significa para a caminhada na Sul-Americana?
Empatar fora de casa em uma competição internacional não é o fim do mundo, mas a forma como o Vasco deixou os pontos escaparem preocupa.
O Grupo G ainda está aberto. Puerto Cabello e Lanús nem jogaram ainda, mas podem complicar a situação se estrearem com vitória. O Vasco precisará fazer seu dever de casa em São Januário e buscar pontos fora para evitar sufoco na classificação.
Se os vacilos não forem corrigidos, a torcida pode se preparar para mais noites tensas na Sul-Americana.