Rebeca Andrade pausa em 2025 para cuidar do corpo e foca em Los Angeles 2028

Rebeca Andrade confirma pausa em 2025 e define foco total em Los Angeles 2028

Maior medalhista olímpica do Brasil amplia descanso após Paris, descarta o solo e mira retomada em 2026 para buscar vaga nos Jogos

A maior medalhista olímpica da história do Brasil, Rebeca Andrade, não vai competir em 2025. A ginasta e sua equipe decidiram ampliar o período de descanso após os Jogos de Paris, priorizando a recuperação física e mental. O foco já está em 2026, quando começam as competições que valem vaga para Los Angeles 2028. O Mundial de Jacarta, em outubro, era o grande objetivo da temporada, mas está fora dos planos.

“A gente optou por ela não competir este ano. Dentro do planejamento da Rebeca, este ano seria mais tranquilo. Ativo sim dentro do ginásio, manter a preparação física, a proteção articular de todo o corpo, que ela precisa, fisioterapia, dores crônicas que ela leva, e vai levar talvez até quando parar a ginástica. É muito sacrifício. Vamos manter esse ‘destreinamento ativo’, que ela possa atender toda essa demanda fora do ginásio. Toda a equipe achou que não era o melhor momento para não tirar ela desse voo de cruzeiro que a gente tá, e tá indo muito bem. Aí sim em 2026 a gente tem compromissos muito importantes. Começa a valer a classificação olímpica”, disse o técnico Francisco Porath ao ge.

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Primeira pausa da carreira

Desde que passou a competir na categoria adulta, em 2015, Rebeca nunca havia ficado tanto tempo sem disputar eventos. A última vez que entrou em ação foi no Campeonato Brasileiro, em setembro de 2024. Desde então, participou de premiações como o Laureus, cumpriu agendas comerciais e aproveitou viagens pessoais.

“Tô descansando. Tá sendo bem importante para mim. Era algo que eu queria há muito tempo, mas eu entendia as minhas prioridades. Então acabei jogando mais para frente. Mas hoje para mim tá sendo maravilhoso”, afirmou a ginasta.

Rebeca Andrade conquista a medalha de ouro na final do solo. Foto Alexandre Loureiro COB
Rebeca Andrade conquistou a medalha de ouro na final do solo (Foto: Divulgação/COB)

Ela não vem ao ginásio obrigada. Ela vem, ela se diverte, ela treina, ela vê as meninas. Ela tá com a rotina de treino mais baixa, mas com a cabeça muito boa.

Francisco Porath, treinador da Rebeca.

Futuro sem o solo

Rebeca também confirmou que não pretende disputar provas no solo até Los Angeles 2028, o que a tira automaticamente do individual geral. A decisão, segundo ela, está tomada.

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“Para mim é uma coisa resolvida 100%. Não quero fazer. Eu passo por isso todo dia, eu passo pelas dores, pelo cansaço, sei a entrega que eu preciso fazer para ter uma boa apresentação. Não quero chegar e fazer qualquer coisa. Quero chegar para fazer meu melhor dentro das minhas possibilidades. Agora o Xico já aceitou também”, afirmou.

O solo é o aparelho que mais exige do corpo da campeã olímpica, que já passou por cinco cirurgias nos joelhos. Além do desgaste, a preparação para esse tipo de prova pode comprometer o desempenho nos outros aparelhos.