Clube aposta alto para fugir da quarta divisão e já promete a maior folha da competição
O Santa Cruz está prestes a mudar de patamar. Pelo menos, é o que promete a nova gestão, que já anunciou um investimento bilionário e uma folha salarial digna de times de Série B. Mas será que dinheiro é suficiente para transformar o clube ou isso é apenas uma grande jogada de marketing?
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Um salto financeiro na Série D
O presidente do Santa Cruz, Bruno Rodrigues, quer transformar o time numa potência dentro da Série D. Ele garantiu que o clube terá a maior folha salarial da competição, algo entre R$ 1,4 e R$ 1,5 milhão por mês. Para se ter uma ideia, o atual campeão da Série D, o Retrô, de Pernambuco, tinha uma folha de “apenas” R$ 1 milhão.
O Santa Cruz quer subir de qualquer jeito. O objetivo não é apenas disputar a Série D, mas dominá-la e garantir o acesso. Mas até que ponto jogar dinheiro no problema resolve?
O modelo SAF do Santa Cruz
O Santa Cruz está no meio de um processo de transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A proposta aceita pelo clube envolve um investimento de R$ 1 bilhão em 15 anos por parte do grupo Cobra Coral Participações S/A.
A ideia é injetar dinheiro para transformar o Santa Cruz em um time competitivo, mas isso não significa sucesso automático. Vários clubes brasileiros que adotaram o modelo SAF não colheram resultados imediatos. O Cruzeiro é um exemplo: subiu para a Série A, mas continua com dívidas. Já o Botafogo virou protagonista, mas não sem percalços. Se a gestão for ruim, não há um bilhão que resolva.
Dinheiro compra título?
Se montar uma equipe milionária fosse garantia de títulos, o Paris Saint-Germain já teria vencido a Champions League incontáveis vezes. Na Série D, que tem um formato cruel de mata-mata, montar um time forte ajuda, mas não é certeza de sucesso. O Santa Cruz precisa investir bem. Até porque, com esse valor de folha salarial, já daria para brigar na Série B sem muitos problemas.
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O peso da camisa do Santa Cruz
A torcida do Santa Cruz é um fenômeno. Mesmo na Série D, o Arruda segue pulsando. O problema é que a paixão da torcida também traz pressão. Com tanto dinheiro investido, a cobrança será brutal.
Se o time tropeçar, os jogadores vão sentir o peso da camisa. E, se o acesso não vier, a crise será gigante. O torcedor não vai querer desculpas. Vai querer resultado.