julho 15, 2025

Pedro Gallese fecha o gol e Orlando escapa de derrota

Foto: Divulgação / Orlando City

Orlando City segura pressão, empata fora de casa e mostra evolução defensiva em noite de heróis improváveis

Se você só viu o placar de 0 a 0 entre Orlando City e Philadelphia Union e achou que foi um jogo morno, tá na hora de rever os conceitos. O empate no Subaru Park, fora de casa, teve muita intensidade, defesa na raça e atuações inesperadas que deixaram o técnico Oscar Pareja com um sorriso no rosto e com razão.

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Pareja joga xadrez enquanto o adversário corre

Oscar Pareja não é exatamente um nome novo na liga. Experiente e conhecido por buscar sempre o equilíbrio entre ataque e defesa, o treinador mexicano mostrou que sabe jogar fora de casa como poucos. Philadelphia é um time casca, principalmente em casa, onde costuma pressionar com intensidade logo de cara.

Mas Pareja sacou a jogada. Colocou peças pouco usuais em posições diferentes e segurou o rojão. “A gente teve mais espaço com a bola do que imaginava”, disse após o jogo, visivelmente satisfeito. E não é pra menos. Orlando teve chances claras e poderia até ter vencido.

Defesa montada com fita adesiva… e funcionou!

Jogadores fora de posição, entrosamento mínimo e a missão de segurar um dos times mais agressivos da liga. Esse era o cenário. Mas olha, os caras deram conta.

Dagur Dan Thórhallsson e Joran Gerbet foram jogados no meio-campo como quem aposta tudo num blefe. E que blefe, hein? Seguraram a pressão, mantiveram as linhas próximas e ajudaram a defender como se estivessem ali a temporada toda.

Do outro lado, David Brekalo assumiu uma função quase camaleônica: era lateral, era zagueiro, era o que o jogo precisava. Pareja explicou que o plano era usá-lo como um terceiro defensor na saída de bola pra liberar o jovem Alex Freeman. Deu certo. A defesa parecia mais sólida do que cimento recém-colocado.

O paredão do Orlando

Se teve um nome que brilhou naquela noite foi o do goleiro Pedro Gallese. O peruano fez quatro defesas, mas duas delas, no primeiro tempo, foram dignas de replay até cansar. Salvou o time, manteve o zero no placar e, de quebra, levou o prêmio moral de “herói do jogo”.

Ah, e detalhe: esse foi o primeiro “clean sheet” da temporada. Nada mal pra quem enfrentou 20 finalizações e ainda precisou lidar com oito escanteios.

Gallese saiu satisfeito, mas também com sede de vitória. “Queríamos os três pontos, mas é um ponto muito importante fora de casa”, disse, com aquele olhar de quem sabe que o time tá no caminho certo.

Jovens ganham espaço e veteranos cravam marca histórica

Se o futuro do Orlando City depende da base, ele começou a dar as caras. Colin Guske entrou aos 90 minutos e fez sua estreia pelo time principal. Pequeno gesto? Talvez. Mas grandes trajetórias começam assim.

Já Robin Jansson, zagueiro sueco e capitão, chegou à incrível marca de 200 partidas pelo clube. Em tempos de rotatividade e contratos curtos, é um feito e tanto.

E o ataque do Orlando?

Sim, o setor ofensivo deixou a desejar. Teve pouca criação, e as chances com Pašalić, Ojeda e Muriel não foram aproveitadas como deveriam. Mas o time mostrou que tem repertório e tá evoluindo. O próprio Pareja admitiu: “Poderíamos ter sido melhores com a bola”.

Ou seja: há o que melhorar, claro. Mas a solidez defensiva conquistada nesse jogo dá respaldo pra trabalhar o ataque com calma.

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Orlando segue invicto e encara o Red Bulls em casa

Com esse empate, o Orlando City chega a quatro jogos seguidos sem perder. Três deles fora de casa. Nada mal pra um time que ainda busca identidade na temporada.

Agora, os Leões voltam ao Inter&Co Stadium, onde enfrentam o New York Red Bulls no próximo sábado.

By Arthur Fernandes

Arthur trabalhou no Boca Raton FC quando a equipe da Flórida disputava a APSL e a NPSL. No Brasil, atuou no Torcedores e no Esportes News Mundo. Também trabalhou nas versões brasileira, americana e mexicana da VAVEL e, recentemente, trabalhou nos sites americanos da Fansided.

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