Enquanto clubes da Série A ainda tratam Alex de Souza como uma aposta arriscada, o Operário Ferroviário decidiu enxergar o ex-camisa 10 por outro ângulo: o de uma oportunidade.
O Operário-PR oficializou nesta segunda-feira (16) a contratação do ex-jogador Alex como novo técnico da equipe principal. Alex assume de imediato e estreia na beira do gramado no próximo dia 23, contra o Novorizontino, pela Série B. A chegada ainda conta com Zé Roberto e João Paulo Cavalcanti como auxiliares, nomes que acompanham o treinador desde 2022.
A decisão do Operário chama atenção não apenas pelo peso midiático de Alex, mas pela convicção em apostar em um profissional que já vinha circulando no radar de clubes de maior expressão. Em maio, a Orb Sports revelou com exclusividade que o Sport Recife chegou a conversar com o ex-meia antes de fechar com António Oliveira. A diretoria elogiou a visão moderna e a liderança do treinador, mas recuou sob o argumento de “falta de experiência”.
A justificativa causou estranheza, especialmente ao se tratar de um técnico com licenças completas da CBF (A, B e PRO), passagens pela base do São Paulo, e com experiências em Avaí e Antalyaspor, da Turquia.
Internamente, no Leão da Ilha, houve quem considerasse a recusa uma oportunidade desperdiçada. “Queriam inovação, mas recuaram quando ela bateu à porta”, revelou à época uma fonte ouvida pela reportagem.
Outros clubes também demostraram interesse por Alex
Não foi o único caso: Cruzeiro e Santos também sondaram Alex. No clube paulista, o nome era tratado como ideal para um novo ciclo, até que uma sugestão de Neymar – pela indicação de Cléber Xavier – mudou os rumos da escolha.
Enquanto os clubes da elite optam pela segurança, o Operário preferiu caminhar com ousadia. Em campo, Alex promete um estilo de posse de bola e pressão, alinhado ao perfil do atual elenco alvinegro. Fora dele, carrega a credibilidade de quem foi protagonista em clubes como Palmeiras, Cruzeiro e Fenerbahçe. Além disso, sabe pensar o futebol com profundidade, algo raro no cenário atual.
A pergunta que fica é se o Operário está correndo um risco ou saindo na frente? Talvez, em breve, a Série A olhe para Ponta Grossa com a mesma admiração que hoje reserva aos nomes que já circulam há décadas nos bancos de reservas. E quando isso acontecer, o Fantasma terá sido o clube que teve coragem de enxergar além do rótulo de “aposta”.