O vestiário implodiu, a paciência acabou e o futebol sumiu. Mano Menezes caiu, mas será que a demora não custou caro?
O Fluminense finalmente tomou a decisão que muitos torcedores pediam há semanas: Mano Menezes não é mais o técnico do clube. A gota d’água? A derrota para o Fortaleza, um futebol deprimente e um vestiário que mais parecia um barril de pólvora prestes a explodir.
A diretoria agiu rápido depois do jogo no Castelão, mas a grande pergunta é: por que demorou tanto? A insatisfação do elenco e da torcida já estava escancarada desde o final do Campeonato Carioca, e o desempenho do time nesses últimos meses era, no mínimo, patético.
Agora, Marcão assume interinamente, enquanto o Flu procura um novo comandante. Mas e aí? Quem vai salvar essa barca que já começou a temporada afundando?
Siga a Orb Sports no X (antigo Twitter) clicando aqui
Vestiário rachado, futebol fraco e Mano Menezes perdido
Quando um técnico perde o vestiário, pode esquecer. Não tem volta. A relação de Mano com o elenco já vinha azedando há tempos, mas o caldo entornou de vez contra o Fortaleza. O episódio mais emblemático foi a substituição bizarra de Serna com apenas 14 minutos de jogo. O colombiano ficou visivelmente incomodado e, dentro do grupo, o clima piorou ainda mais.
Mano também não ajudava. Seu estilo pragmático, retranqueiro e previsível irritava os torcedores, que queriam um time mais ofensivo. Pior ainda, ele criava rodízios estranhos e tomava decisões que ninguém entendia.
A discussão acalorada entre ele e Thiago Silva, com direito a trocas de palavrões, só confirmou o óbvio: Mano já não tinha mais moral com o grupo.
O futebol de Mano Menezes era um pesadelo para qualquer torcedor
Se tem uma coisa que irrita o torcedor brasileiro é ver um time medroso e apático. E o Fluminense de Mano Menezes era exatamente isso.
Pouca posse de bola, ataque inofensivo e uma mentalidade que beirava a covardia. Para piorar, neste ano, nem na defesa o time era confiável! Ou seja, não atacava e não defendia bem.
Os números até poderiam dar uma enganada: foram 46 jogos, 21 vitórias, 13 empates e 17 derrotas. Mas quem assistia ao Fluminense sabia que esse time jogava um futebol horroroso.
A desculpa da diretoria era que Mano foi importante na fuga contra o rebaixamento em 2024. Mas, convenhamos, ficar na Série A não pode ser tratado como troféu!
Demissão tardia, mas inevitável
O Fluminense deu a Mano duas semanas de preparação para o Brasileirão. O que ele entregou? Um time que parecia ainda pior do que antes. O jogo contra o Fortaleza foi a gota d’água.
A diretoria tricolor, que já vinha insatisfeita, não teve outra escolha. Precisava agir antes que o estrago fosse maior.
A questão é: por que esperar até agora? Desde o final do Campeonato Carioca, a torcida já pedia a saída de Mano. O desgaste era evidente. A diretoria tentou segurar, acreditando que o trabalho poderia evoluir. Só que não evoluiu.
Marcão é só um tampão. Quem vem aí?
Com Mano fora, Marcão assume o time de forma interina. Mas já sabemos o roteiro: ele não será efetivado. Vai comandar no máximo três jogos enquanto a diretoria procura um substituto.
O problema é que o Fluminense parece não ter pressa para encontrar um novo treinador.
E isso é preocupante. O time já largou mal no Brasileirão, precisa estrear bem na Sul-Americana e não pode errar na escolha do novo comandante.
Se a diretoria demorar demais e deixar Marcão no cargo por tempo indeterminado, pode ser um erro tão grande quanto foi segurar Mano por tanto tempo.
Siga a Orb Sports no Instagram clicando aqui
E agora, Fluminense?
O Fluminense fez o que precisava ser feito. A demissão de Mano era inevitável e aconteceu um pouco tarde.
Mas agora vem o mais importante: o próximo passo.
A diretoria precisa trazer um técnico que tenha pulso firme, que recupere a confiança do elenco e, principalmente, que faça o Fluminense jogar futebol.
A torcida não aguenta mais ver o time sem identidade, sem ofensividade e sem brilho. O Fluminense é gigante, tem história, tem camisa. Não pode se dar ao luxo de jogar de maneira covarde.
Que a queda de Mano seja um recomeço e não só mais um capítulo de caos.