Com Berhalter no comando e estrelas brilhando, o Fire venceu o New England fora de casa e já começa a incomodar os grandes
O Chicago Fire cansou de ser aquele time que entra em copas só pra cumprir tabela e fazer número. Nessa terça, o que a gente viu em campo foi um time ligado no 220, com técnico cascudo, estrelas funcionando e uma atuação que deu gosto de ver. Fora de casa, sem medo e com personalidade. Resultado? 3 a 1 em cima do New England Revolution, fora os sustos.
Siga a Orb Sports no X (antigo Twitter) clicando aqui
Gregg Berhalter está muito bem no Chicago Fire
Quando Berhalter foi anunciado no Chicago Fire, muita gente torceu o nariz. “Ah, mas ele é burocrático”, “vai ser mais do mesmo”, “não muda nada”. Pois bem: tá mudando sim.
O treinador colocou em campo quase todo o time titular. Não ficou poupando jogador como se a US Open Cup fosse um torneio de pré-temporada. Ele foi pra vencer. E isso diz muito sobre o que ele quer construir.
Além da tática, Berhalter mexeu na alma do time. O Fire entrou em campo com cara de time grande. Pressionando, com intensidade e, principalmente, com confiança no próprio taco.
As estrelas da noite
O Jonathan Bamba bagunçou a defesa do New England. Foi dele a jogada que causou o primeiro gol, aos 38 minutos, um cruzamento venenoso que fez Eric Klein se atrapalhar todo e jogar contra o próprio patrimônio.
Depois, no segundo tempo, veio Hugo Cuypers pra mostrar o que um centroavante de verdade faz. Um toque certeiro, com frieza de assassino profissional. Segundo gol. Pressão aliviada. Classificação encaminhada.
A cereja do bolo foi o gol do Philip Zinckernagel. Entrou no segundo tempo e, com menos de 15 minutos em campo, meteu um chute seco, potente, de fora da área. Um verdadeiro petardo, sem chance de defesa.
O único vacilo do Chicago
Já no finzinho, quando a torcida do Fire já começava a ensaiar o “olé” mental, veio o balde d’água fria. Justin Reynolds, zagueirão da casa, tentou cortar uma bola despretensiosa e acabou mandando contra o próprio gol. A famosa “entregada” que tirou o clean sheet do goleiro Chris Brady, que até ali tava fazendo uma partida segura.
O Chicago Fire acordou
Se tem algo que ficou claro nesse jogo é que o Chicago Fire mudou de postura. E quando o time muda, a torcida sente. Tem cheiro de recomeço no ar. Cheiro de time que não quer mais ser coadjuvante. E esse tipo de transformação, amigo, começa de dentro pra fora. Começa com comando técnico sério, jogadores com fome e elenco que não se esconde.
O também que chama atenção é o comportamento. O Fire foi valente, ousado, vertical. Não ficou esperando o Revolution errar. Foi lá e forçou o erro. Pressionou alto, rodou bola com inteligência e teve sangue frio na frente do gol.
Dá pra sonhar com o título?
Olha… se continuar assim, dá. Não é exagero, não. O futebol mostrado contra o New England foi digno de time que entra pra brigar. Ainda é cedo para cravar qualquer coisa, mas dá para acreditar. Times vencedores não nascem em um passe de mágica. Eles são forjados em noites como essa.
Siga a Orb Sports no Instagram clicando aqui
US Open Cup é a chance de ouro
A US Open Cup sempre foi tratada com um certo desdém por alguns clubes. Mas sabe de uma coisa? É justamente aí que mora a oportunidade. Enquanto os outros subestimam, o Fire pode fazer dessa competição o carro-chefe da reconstrução. É um torneio que oferece calendário, moral e até vaga internacional. Quem leva a sério, colhe os frutos.