Time dos Emirados vence na marra, mas classificação ficou com os gigantes europeus. Marroquinos saem humilhados. Teve gol polêmico, VAR, frustração e até herói improvável
O Al Ain entrou em campo com o peito estufado, mas o destino já estava traçado. Jogando pela terceira rodada da fase de grupos do Mundial de Clubes 2025, os emiradenses até conseguiram uma vitória por 2 a 1 sobre o Wydad Casablanca, do Marrocos. Só que, apesar da festa no apito final, a matemática não perdoa: os dois times estão eliminados. Quem avança no Grupo G? Nada menos que Manchester City e Juventus. Zero surpresas aí.
Pode parecer injusto vencer e cair fora, mas quando se deixa tudo para a última rodada, o preço é esse. O Al Ain acordou tarde. E o Wydad… bom, o Wydad nem acordou. Três jogos, três derrotas, um saldo de gols negativo que dá vergonha. Fim da linha para os marroquinos com um gosto amargo e lições duras para casa.
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Gol no ângulo, gol perdido e um pênalti salvador
O jogo começou com aquela típica tensão de última chance. E bastaram quatro minutos para a corda estourar de um lado. Mailula, com categoria e precisão cirúrgica, mandou a bola no ângulo e colocou o Wydad na frente. Golaço.
O Al Ain sentiu. Tentou reagir, mas parecia mais tropeçando em si mesmo do que impondo respeito. Enquanto isso, o Wydad teve chances claras de matar o jogo. A mais escancarada caiu nos pés de Boucheta, que ficou cara a cara com o goleiro e… isolou. Um gol perdido daqueles que fazem o técnico arrancar os cabelos.
E como diz o velho ditado que ninguém sabe quem inventou, quem não faz… leva. O Al Ain empatou nos minutos finais do primeiro tempo com Laba, em cobrança de pênalti. Polêmico? Nem tanto. Mas foi o sopro de esperança que os árabes precisavam para voltar do intervalo acreditando.
Gol polêmico e VAR
A segunda etapa começou com tudo. Kaku, meio desajeitado, meio iluminado, fez o gol da virada logo no início. A bola entrou no sufoco, com gritos de protesto vindos do banco do Wydad. O VAR entrou em cena, recomendou a revisão, mas o árbitro validou o gol.
O resto do jogo foi morno, como um café que esfriou na xícara. Muita disputa no meio, pouca criação e zero poder de fogo real. O Wydad tentou, mas já estava psicologicamente abalado. O Al Ain, por sua vez, parecia mais interessado em segurar o placar do que tentar impressionar.
Classificação definida
No fim das contas, a vitória do Al Ain serviu mais como consolo do que como conquista. Com três pontos somados, os emiradenses terminaram em terceiro no grupo, sem chances de avançar. O Wydad, por sua vez, encerrou sua participação de forma melancólica: três derrotas, saldo de -6 e nenhum gol que mudasse o rumo da história.
Manchester City e Juventus, que vinham fazendo a lição de casa com tranquilidade, garantiram as duas vagas para as oitavas. Futebol eficiente, elenco forte, e um abismo técnico que ficou ainda mais evidente nesta última rodada. Quando gigantes europeus entram em campo, o sarrafo sobe e os clubes do Oriente Médio e do Norte da África, ainda que valentes, sentem o peso.
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A falta de um padrão claro
Outro ponto que segue incomodando no Mundial é o uso do VAR. O gol de Kaku escancarou isso. Se o lance é duvidoso o suficiente para chamar o árbitro, como ele mantém a decisão mesmo vendo as imagens? Falta critério? Falta coragem? Ou o problema é mais embaixo?