Verstappen domina em Baku, vence o GP do Azerbaijão e adia festa da McLaren

Holandês faz grand chelem, Russell corre doente e vai ao pódio, enquanto Piastri abandona e Norris fica apenas em 7º lugar

Fórmula 1: Max Verstappen vence GP do Azerbaijão de ponta a ponta
Foto: Divulgação/F1

Neste domingo (21), aconteceu o GP do Azerbaijão de Fórmula 1, a 17ª etapa do campeonato mundial. E, sem surpresas, Max Verstappen (Red Bull) largou na pole position, liderou todas as 51 voltas, venceu com uma vantagem de 14.6 segundos e ainda fez a volta mais rápida (1:43.388). Portanto, anotando seu 6º grand chelem da carreira.

A corrida ainda foi marcada pela 2ª colocação de George Russell (Mercedes), mesmo estando doente durante todo o final de semana, e pela 3ª colocação de Carlos Sainz (Williams), marcando a volta da escuderia inglesa ao pódio depois de três anos.

Principais postulantes ao título mundial de pilotos, Oscar Piastri (McLaren) abandonou ainda na 1ª volta, após uma largada ruim. Enquanto Lando Norris (McLaren) terminou apenas na 7ª posição. O brasileiro Gabriel Bortoleto (Sauber) finalizou a corrida na 11ª posição.

Como foi a corrida

Assim que as cinco luzes vermelhas se apagaram, o carro nº 81 de Piastri também apagou. O australiano teve uma falsa largada, e para evitar a queima, parou. Assim, o carro acabou “morrendo” e ficando parado no grid de largada. A reação de Piastri acabou induzindo uma reação precoce também de Fernando Alonso (Aston Martin), que também queimou a largada.

Lá na frente, uma largada limpa que manteve Verstappen na frente, seguido de Sainz e Liam Lawson (Racing Bulls). Entretanto, essa largada limpa não durou muito tempo, já que, ao tentar recuperar posições rapidamente, Piastri tentou ultrapassar por fora, no lado sujo da pista. Acabou travando roda e acertando o muro. Os danos foram irreparáveis e o líder do campeonato mundial de pilotos abandonou a prova ainda na volta inicial.

Com este acidente, a direção de prova colocou o safety car na pista ainda na 1ª volta. Com o carro de segurança controlando o grid, Alexander Albon (Williams) e Esteban Ocon (Haas) aproveitaram para fazer suas paradas nos boxes cedo.

A relargada aconteceu na 5ª volta, e mais uma vez, com Verstappen mantendo a liderança. O destaque desta relargada foi a briga entre George Russell e Andrea Kimi Antonelli, companheiro de equipe. O inglês tentou o mergulho por fora ainda na curva 1 e Antonelli fechou a porta. Russell acabou tirando o pé e perdeu duas posições, além de não ganhar a posição do italiano.

A corrida continuava sem grandes disputas. Destaques para as ultrapassagens de Norris em Isack Hadjar (Racing Bulls), a confirmação de cinco segundos de punição para Alonso por queima de largada e a ultrapassagem de Bortoleto em Alonso na 8ª volta.

Lá na frente, Verstappen aumentava cada vez mais sua vantagem para Sainz, que naquele momento era o 2º colocado. Na 9ª volta, a vantagem era de 2 segundos. Na 14ª volta, já havia aumentado para 3.9 segundos. Mais atrás, Yuki Tsunoda (Red Bull), Charles Leclerc (Ferrari), Norris e Lewis Hamilton (Ferrrari) estavam colados. Entretanto, ninguém efetuava a ultrapassagem em ninguém devido a todos esses (exceto Tsunoda) estarem com o DRS (asa móvel traseira) aberta.

No 16º giro, Russell entrou no rádio com seu engenheiro para pedir a inversão de posição com Antonelli, alegando estar mais rápido. Uma volta depois, Franco Colapinto (Alpine) fez seu pit stop e voltou logo a frente de Albon. Os dois disputaram espaço durante boa parte do traçado, até que, em uma manobra imprudente, Albon tocou em Colapinto e rodou o argentino. Esse movimento do piloto da Williams resultou em uma punição de 10 segundos para o mesmo.

E finalmente, na 19ª volta, a Mercedes optou por inverter as posições de George Russell e Kimi Antonelli. O italiano foi chamado para os boxes antes do previsto, abrindo caminho para o inglês. Na volta seguinte, a Ferrari reagiu a parada de Antonelli e parou Leclerc, se prevenindo de um possível undercut.

E na 21ª volta, quem também se previniu de um undercut foi a Racing Bulls com Liam Lawson. O neozelandês foi para sua parada nos boxes e voltou a frente de Antonelli e Leclerc. Entretanto, com os pneus frios, acabou sendo ultrapassado pelo italiano da Mercedes. Com este movimento, subiu para a 9ª posição.

Na mesma volta, Alonso parou nos boxes e cumpriu sua penalização de 5 segundos, além de trocar seus pneus.

Três voltas depois, no 24º giro, um radar mostrado pela transmissão indicava uma possível chuva em três minutos. Chuva esta que não apareceu em momento algum da corrida. Ainda nesta volta, Antonelli encostou em Bortoleto e começou a estudar as linhas do brasileiro, para efetuar a ultrapassagem. Esta que se confirmou duas voltas depois, no 26º giro.

As paradas nos boxes aconteciam naturalmente ao longo da corrida, já que a previsão inicial era de uma única parada nos boxes. Entretanto, no início da 32ª volta, os cinco primeiros colocados ainda não haviam parado nos pits (Verstappen, Russell, Tsunoda, Norris e Hamilton). Além deles, Lance Stroll (Aston Martin) e Nico Hulkenberg (Sauber) também não haviam feito suas paradas obrigatórias.

Já chegando no último terço da corrida, na 36ª volta, a McLaren orientou Norris a forçar o carro e se aproximar de Tsunoda, para que quando as paradas de ambos fossem efetuadas, o inglês ganhasse a posição. Na 37ª volta, Hamilton e Hulkenberg já foram para suas paradas obrigatórias.

E na 38ª volta, Norris foi para os boxes, após conseguir diminuir a vantagem de Tsunoda sobre ele. Entretanto, uma parada lenta, de 4.1 segundos, estragou os planos da escuderia inglesa. Tanto que, na volta seguinte, Tsunoda fez sua parada nos boxes e voltou ainda a frente de Norris. Já o piloto do carro nº 4 estava atrás de Charles Leclerc.

Com pneus ainda frios, Tsunoda sofreu a ultrapassagem de Lawson pela 5ª posição. O japonês chegou a sofrer pressão de Leclerc, mas o monegasco não ultrapassou.

Faltando 11 voltas para o fim, Russell foi o penúltimo piloto a cumprir sua parada nos boxes. A preocupação da Mercedes era de que Sainz conseguisse tomar a posição do inglês após a parada. Entretanto, Russell voltou a frente do espanhol e ali se manteve.

Na volta seguinte, Verstappen finalmente fez sua parada nos boxes e encerrou as paradas obrigatórias do GP do Azerbaijão de Fórmula 1. Ele se manteve na liderança mesmo após a parada, pois sua vantagem era muito grande para Russell. Na mesma volta, Norris ultrapassou Leclerc e subiu para a 7ª posição.

Na 42ª volta, Tsunoda voltou a encostar no carro de Lawson. Entretanto, o neozelandês não ultrapassou, que permitiu a chegada de Norris atrás. Norris também não conseguia ultrapassar Lawson, e isto permitiu a chegada de Hamilton atrás (que já havia invertido posição com Leclerc após ordem de equipe). Na 44ª volta, os quatro pilotos estavam colados, valendo a 5ª posição de Tsunoda.

Entretanto, apesar de tentativas de Lawson em cima de Tsunoda, de Norris em cima de Lawson e de Hamilton em cima de Norris, os 4 pilotos mantiveram estas posições até o fim da corrida. Assim como os quatro primeiros (Verstappen, Russell, Sainz e Antonelli).

Portanto, os 10 pilotos que pontuaram em Baku foram: Verstappen, Russell, Sainz, Antonelli, Lawson, Tsunoda, Norris, Hamilton, Leclerc e Hadjar.

Como fica o mundial de pilotos e construtores da Fórmula 1?

Com o abandono de Piastri ainda na 1ª volta, o GP do Azerbaijão se tornou uma oportunidade para Lando Norris diminuir sua desvantagem para o companheiro de equipe no mundial de pilotos. Entretanto, a 7ª posição não ajudou o inglês, que foi a 299 pontos, contra 324 pontos de Piastri. A desvantagem de Norris caiu para 25 pontos, mas definitivamente não era o que o piloto do carro nº 4 queria.

Entretanto, quem tirou bastante terreno foi Max Vertappen. Com a vitória, o holandês chegou aos 255 pontos, estando a 44 pontos de distancia de Norris e a 70 pontos de Piastri, faltando sete corridas pro fim, incluindo duas corridas sprints.

Já no mundial de construtores, a McLaren tinha a chance de ser campeã mundial de construtores de Fórmula 1 2025 já no GP do Azerbaijão. Entretanto, o abandono de Piastri e a P7 de Norris deixam a disputa ainda em aberto para a próxima corrida. A escuderia inglesa tem 623 pontos, contra apenas 290 da Mercedes, agora 2ª colocada. Mesmo sem confirmar o título, a McLaren continua com nove dedos na taça.

A Ferrari, que chegou em Baku na vice liderança, agora caiu para 3ª colocada, com 286 pontos. E, apesar do bom desempenho nas ruas de Baku, a Red Bull está na 4ª posição do mundial com 272 pontos, e não tem mais chances de ser campeã mundial de construtores em 2025.

Próxima corrida da Fórmula 1

A Fórmula 1 retorna daqui a duas semanas, no dia 5 de outubro. A corrida será o GP de Singapura, nas ruas de Marina Bay, capital do país asiático. Os treinos livres 1 e 2 estão marcados para sexta-feira, 3 de outubro, enquanto o treino livre 3 e o treino classificatório ocorrem no dia 4 de outubro. Esta será a 18ª etapa da temporada de 2025.